A organização de prateleiras em supermercados é uma estratégia silenciosa que influencia o que o consumidor leva para casa e quanto tempo ele permanece no ponto de venda.
Um corredor mal planejado gera confusão, interrompe a jornada de compra e reduz o potencial de vendas. Já um layout bem pensado guia o olhar, desperta o interesse e facilita escolhas. Por isso, é importante saber como organizar prateleiras em supermercados e levar em conta melhores técnicas.
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Por que a organização das prateleiras é importante em supermercados?
O consumidor não compra apenas pelo preço ou pela necessidade. A experiência também é um fator relevante. Ao caminhar por um supermercado bem organizado, a pessoa sente menos atrito para encontrar o que deseja e está mais propensa a explorar novos produtos.
Ou seja, isso reduz o tempo de busca, aumenta a percepção de variedade e estimula compras não planejadas. Em suma: aumenta as vendas.
Além disso, a disposição correta dos itens ajuda a criar uma narrativa visual coerente. Produtos relacionados ficam próximos e a loja transmite a sensação de cuidado com o cliente. Esse cuidado gera confiança e, no longo prazo, fideliza.
Como montar um planograma para organizar as prateleiras?
O planograma é o mapa visual que indica onde e como cada produto será exposto. Ele serve para padronizar a disposição em todas as gôndolas, a fim de otimizar espaço.
Na prática, um planograma pode ser construído de várias formas: separando por categoria, por tipo de produto, por marca ou de acordo com a estratégia comercial do momento.
Um supermercado de bairro, por exemplo, pode priorizar marcas locais em posições mais visíveis, enquanto uma rede maior pode valorizar contratos de destaque com grandes fornecedores.
O segredo é que o planograma precisa considerar o comportamento real do público. Isso envolve estudar a jornada de compra, mapear quais áreas recebem mais fluxo e testar diferentes combinações até encontrar aquela que mais converte.
Quais são as melhores práticas para disposição de produtos nas gôndolas?
Existe um ponto-chave que não pode ser ignorado: a altura dos olhos é a zona mais valiosa da prateleira.
Produtos posicionados nesse campo visual têm mais chances de serem escolhidos, pois não exigem esforço extra do consumidor. Por isso, itens estratégicos e com maior margem de lucro devem ocupar esse espaço.
Os produtos de impulso, como chocolates, salgadinhos e pequenas guloseimas, funcionam melhor em áreas de passagem rápida e próximo aos caixas.
Já as categorias complementares precisam estar próximas para estimular compras cruzadas — por exemplo, molhos ao lado de massas ou carvão perto de carnes.
Também é importante considerar as zonas quentes e frias. Zonas quentes recebem mais fluxo e merecem destaque para lançamentos ou promoções, enquanto zonas frias precisam ser trabalhadas com comunicação visual forte para atrair atenção.
Como dividir os produtos por setores e categorias nas prateleiras?
A lógica de organização por setor é o que garante fluidez no passeio pelo supermercado.
Mercearia seca, higiene, bebidas, limpeza, frios e hortifruti devem ter áreas bem definidas. Dentro de cada setor, a separação por categoria evita confusão e reduz o tempo de busca.
No caso de bebidas, por exemplo, a sequência pode seguir do refrigerante à água, depois sucos, energéticos e alcoólicos.
Já no setor de higiene, o agrupamento pode ocorrer por finalidade — sabonetes juntos, shampoos juntos, e assim por diante.
Quais erros devem ser evitados na organização de prateleiras?
O excesso de produtos na mesma gôndola é um dos erros mais comuns. Em vez de transmitir variedade, gera poluição visual e dificulta a escolha.
Outro problema recorrente é a falta de lógica no agrupamento: colocar óleo ao lado de açúcar, por exemplo, quebra a expectativa de quem busca por coerência na exposição.
Produtos fora do alcance também comprometem as vendas. Itens muito altos ou muito baixos no campo visual perdem relevância e acabam esquecidos.
Por fim, a falta de padronização entre corredores cria uma sensação de improviso, algo que enfraquece a imagem profissional do negócio.
Organização de prateleiras em mercados pequenos: como otimizar espaço?
Em mercados de menor porte, cada metro de prateleira tem valor estratégico. O espaço reduzido exige um raciocínio mais criterioso na escolha de quais produtos expor e em que quantidade.
Nesse cenário, a prioridade deve ser para itens de alto giro, com boa margem e que realmente atendam à demanda local.
O uso de prateleiras ajustáveis e modulares ajuda a adaptar a altura e a profundidade de acordo com o tamanho das embalagens. Isso evita espaços vazios e melhora a apresentação.
Outra prática essencial é explorar a verticalidade: prateleiras mais altas e bem iluminadas ampliam a capacidade de exposição sem comprometer a circulação do cliente.
A rotação frequente dos produtos também é fundamental. Ao revisar o mix de forma constante, é possível liberar espaço para lançamentos ou promoções sem criar excesso visual.
Além disso, trabalhar com o conceito de “área estratégica” — reservando os pontos mais visíveis para itens que impulsionam vendas adicionais — ajuda a aproveitar ao máximo cada centímetro do ponto de venda.
Prateleiras para produtos perecíveis e sazonais: como organizar?
Perecíveis exigem rotatividade constante e posicionamento que facilite reposição.
Frutas e verduras, por exemplo, devem ser expostas de forma que as mais maduras fiquem à frente, incentivando a saída rápida.
No caso de laticínios, o controle de temperatura e a visibilidade das datas de validade são cruciais para evitar perdas.
Produtos sazonais — como panetones no Natal ou ovos de chocolate na Páscoa — precisam de destaque temático. Criar ilhas promocionais, reforçar a comunicação visual e posicionar esses itens em pontos de alto fluxo ajudam a gerar urgência na compra.
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Perguntas Frequentes
Agrupe por setor e, dentro de cada setor, organize por categorias específicas. Isso facilita a busca e mantém a lógica da exposição.
É um mapa visual que define onde cada produto será colocado. Serve para otimizar espaço, aumentar vendas e padronizar a exposição.
Valorize a altura dos olhos, destaque produtos de margem alta e use o cross merchandising para estimular compras adicionais.
Invista em clareza visual, iluminação adequada e reposição frequente. Isso transmite cuidado e convida o cliente a explorar.
Observe o fluxo da loja e posicione os itens mais estratégicos nas áreas de maior visibilidade.