Quem vende online precisa de mais do que um bom produto. Precisa do produto certo. E a definição desse “certo” passa pelo comportamento do consumidor, que muda rápido, mas deixa rastros. Os dados não mentem.
Plataformas de e-commerce mostram com clareza o que as pessoas estão buscando e comprando. A partir dessas pistas, é possível montar um catálogo competitivo, com alto giro e margens mais saudáveis.
Veja abaixo as categorias mais quentes da internet e, na sequência, como usar esses dados para vender com mais estratégia.
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Vejamos a lista.
Alimentação e delivery: refeições rápidas e conveniência
Na liderança, o setor de alimentação continua sendo um gigante no varejo online brasileiro. Pizzas, hambúrgueres, açaí e marmitas estão entre os campeões de pedidos.
Mas há um detalhe importante: o que realmente fideliza o cliente é a consistência na entrega e a qualidade do produto na chegada. Nesse sentido, embalagens térmicas, logística própria ou integração com bons parceiros fazem toda a diferença.
Outro ponto a observar: há demanda crescente por pratos prontos saudáveis e opções veganas, especialmente em regiões urbanas e bairros de classe média.
Mercado: compras recorrentes com ticket médio alto
Leite, arroz, óleo, sabão em pó: itens básicos de mercado estão entre os mais vendidos em apps de delivery e supermercados online.
Isso porque representam compras recorrentes, com pouco espaço para erro ou experimentação. Quem acerta no preço e na logística tende a se destacar.
Para pequenos e-commerces, a oportunidade está nos kits — pacotes promocionais com itens de uso cotidiano — e na personalização por região.
Beleza e cuidados pessoais: rotina e tendência
O segmento de beleza é um dos mais estáveis em vendas online. Maquiagens, shampoos, cremes anti-idade e protetores solares lideram os carrinhos.
Marcas que investem em vídeos curtos demonstrando o uso do produto, ou que contam com microinfluenciadoras locais, aumentam consideravelmente suas taxas de conversão.
Mas atenção: esse é um setor em que a confiança pesa muito. Produtos falsificados ou sem registro podem derrubar a reputação de uma loja em poucos dias. A dica é trabalhar com marcas confiáveis e oferecer testes ou kits de amostra para atrair o primeiro pedido.
Pet: amor incondicional gera consumo constante
Rações, tapetes higiênicos, petiscos e brinquedos para cães e gatos compõem a lista de mais vendidos na categoria pet. Não por acaso: os donos de animais de estimação mantêm uma frequência de compra superior à média.
Há espaço para explorar nichos, como rações específicas para alergias, brinquedos para roedores, snacks naturais para cães com sobrepeso.
Catálogos bem segmentados aumentam a taxa de conversão e reduzem devoluções. Além disso, frete rápido pode ser um diferencial decisivo nessa categoria.
Moda e acessórios: preço e estilo ditam o ritmo
O mercado de moda é um dos mais movimentados, mas também o mais competitivo. Peças básicas como camisetas, calças jeans e lingeries são destaques.
A diferença está na estratégia: enquanto grandes marcas apostam em campanhas massivas, pequenos vendedores ganham terreno ao usar tendências virais do TikTok e organizar seu catálogo por estilos (casual, streetwear, office, etc.).
Outro ponto relevante é a personalização. Tamanhos maiores, opções neutras e diversidade de modelos elevam a percepção da marca e ampliam o público.
Tecnologia: foco no útil e no acessível
Mesmo com a alta do dólar, produtos de tecnologia continuam em alta.
Os mais buscados são acessórios com preço acessível: fones Bluetooth, ring lights, capas para celular, carregadores portáteis. Esses itens são fáceis de anunciar, têm grande volume de busca e permitem margem atrativa.
Além disso, produtos de ticket médio como smartwatches, webcams e dispositivos para home office ganham força conforme o modelo híbrido de trabalho se consolida.
Vendedores que incluem vídeos explicativos ou comparativos entre modelos geram mais confiança e reduzem abandonos de carrinho.
Como montar um catálogo competitivo com essas informações?
Saber o que vende é só o ponto de partida. O segredo está em transformar essas informações em uma seleção de produtos coerente, alinhada com o público e com boas chances de escala. Veja abaixo algumas estratégias práticas para usar essas categorias a seu favor.
1. Cruze tendências com comportamentos locais
Nem tudo o que bomba em São Paulo vende bem no interior de Goiás. Antes de escolher os produtos, analise os dados de demanda da sua região.
Use ferramentas como Google Trends e dados de vendas do iFood, por exemplo. Ao cruzar a tendência nacional com as preferências locais, você evita encalhes e aumenta as chances de giro.
2. Monte combos e kits inteligentes
Em categorias como mercado, pet e beleza, a montagem de kits tem se mostrado altamente eficaz. Eles aumentam o ticket médio e aceleram o escoamento de estoque.
Exemplo: um combo de shampoo + condicionador + máscara capilar com frete grátis tende a performar melhor do que cada item separado.
3. Explore nichos e microtendências
Dentro das grandes categorias existem subnichos pouco explorados. No setor pet, por exemplo, há espaço para itens voltados a pets exóticos, produtos sustentáveis ou alimentos hipoalergênicos.
Já em moda, microtendências como “aesthetic” e “clean girl style” ganham força nas redes sociais e geram buscas diretas nos marketplaces. Ficar atento a essas ondas pode garantir vantagem competitiva.
4. Aposte em fotos reais e conteúdo visual
Em todas as categorias listadas, um fator pesa mais do que o preço: a confiança. E isso começa pela imagem.
Use fotos reais, bem iluminadas, com fundo neutro e, se possível, mostre o produto sendo usado ou em escala (ao lado de um objeto conhecido). Isso ajuda o consumidor a tomar a decisão e reduz dúvidas.
5. Reforce avaliações e provas sociais
Produtos com avaliações positivas tendem a ter uma conversão maior. Por isso, incentive seus compradores a deixarem avaliações, envie cupons de desconto para quem avalia e destaque os comentários mais relevantes nas páginas de produto.
6. Renove o catálogo com base em dados reais
Nada de se apegar ao estoque. Produtos que não giram em 90 dias devem ser reavaliados.
Observe os dados de acesso, abandono de carrinho e devoluções para tomar decisões mais ágeis. Se um item tem boa visualização, mas baixa conversão, o problema pode estar na descrição ou na imagem. Teste novas versões antes de descartar.
Para continuar alinhado com as tendências, confira o que mais vendeu no iFood em 2024!