O reaproveitamento de alimentos é um desafio para negócios do setor. A ausência de planejamento e de utilização consciente de ingredientes pede levar à perda desses itens tão essenciais em restaurantes, lanchonetes e marmitarias, por exemplo. Por isso, muitos estabelecimentos estão adotando a prática do zero desperdício.
É muito necessário garantir que os alimentos sejam usados de forma integral. Em um mundo em que a população aumenta a cada ano, a demanda por comida também cresce de maneira exponencial — especialmente no que diz respeito à fome. Para alimentar tanta gente, é fundamental saber como utilizar os ingredientes com sabedoria a fim de diminuir custos e melhorar o faturamento do negócio.
Quer saber mais sobre o reaproveitamento de alimentos? Então, continue lendo este post!
Como reaproveitar alimentos que seriam descartados?
Basta usar todas as partes nutritivas de um ingrediente em receitas. No caso das frutas, a casca pode ser adicionada em biscoitos, bolos e geleias. Assim, você agrega mais sabor ao alimento e, ao mesmo tempo, haverá uma nutrição considerável.
A propósito, o reaproveitamento alimentar não inclui apenas os ingredientes utilizados (legumes, hortaliças, vegetais, ervas aromáticas etc.), mas também o aproveitamento integral dos pratos prontos.
A regra é não desperdiçar produtos, sejam eles frescos ou cozidos, mas é necessário armazenar muito bem os alimentos preparados, já que precisam ser despejados em embalagens vedadas e sob refrigeração para que fiquem conservados.
Quais partes dos alimentos podem ser reaproveitados?
Muita gente acha que caules, folhas, brotos e cascas são resíduos inúteis — ledo engano. Essas partes são extremamente nutritivas e fáceis de serem separadas e adicionadas em preparos tradicionais.
Primeiro, é preciso realçar a importância de higienizar os ingredientes por completo, inclusive as tais “sobras” que seriam descartadas. Dessa forma, ao compreender como utilizar raízes, por exemplo, você produz um alimento seguro, sem prejudicar a saúde de ninguém.
É perfeitamente possível usar as partes citadas em receitas como:
- caldos;
- sopas;
- tortas;
- molhos;
- patês;
- sucos;
- vitaminas;
- temperos.
O segredo está em harmonizar sabores para criar pratos exclusivos, deixando a marca do seu estabelecimento. Nesse sentido, aproveite para divulgar o quanto as receitas se tornam mais nutritivas e sustentáveis.
Se for necessário acumular algumas partes para utilizar em determinado prato, congele-as até obter uma quantidade suficiente. Por fim, se realmente não tiver jeito de reaproveitar alguns resíduos, pratique a compostagem a fim de produzir adubo orgânico para a horta do seu negócio, por exemplo.
Quais são as vantagens do reaproveitamento de alimentos?
Nunca é demais evidenciar a importância de reaproveitar alimentos. O motivo é bastante claro e está ligado a benefícios, como: aumento nutritivo das refeições, economia financeira e sustentabilidade ecológica.
Ao aproveitar os ingredientes de forma integral, natureza é poupada da criação de novos lixos. Para potencializar a preservação ambiental, associe o reaproveitamento alimentar ao consumo consciente, ou seja, compre somente itens que serão totalmente consumidos e escolha produtos que tenham poucas embalagens.
A propósito, a indústria de alimentos inova a cada ano e lança produtos mais ecológicos e nutritivos a fim de agregar valor ao segmento, visto que os consumidores estão mais instruídos e exigentes a respeito do que colocam na mesa.
Como inserir essa prática na rotina de um negócio alimentício?
Existem algumas recomendações que garantem o reaproveitamento de alimentos antes, durante e após o preparo. Confira.
Invista em produtos e pratos sazonais
O primeiro passo para aproveitar tudo que a natureza oferece é observar o meio ambiente a fim de não prejudicá-lo. Nesse sentido, é importante reforçar que frutas, legumes, tubérculos e verduras apresentam maior produção em determinadas estações do ano.
Planejar o cardápio do seu estabelecimento considerando essa particularidade é uma ótima estratégia. Ter menus de verão e inverno, compatíveis com os ingredientes mais abundantes de cada período é uma maneira de elevar a qualidade dos pratos, diminuir gastos com insumos e surpreender os clientes.
Consulte as épocas ideais para cada item que você usa na cozinha do seu negócio, elaborando cardápios temáticos e rotativos conforme a lista de compras que você montar.
Use a criatividade nos preparos
Felizmente, os ingredientes alimentícios não têm aplicação limitada. Eles podem ser inseridos em diversas receitas para intensificar sabores ou dar um toque especial em pratos sofisticados. Basta deixar a imaginação fluir solta para aproveitar os alimentos de forma integral.
E caso não seja possível reaproveitar sobras nutritivas, pense em novas alternativas. Por exemplo, se não der tempo de utilizar determinados produtos antes que eles estraguem, faça doações.
Não ligue para a aparência
Algumas pessoas acham que alimentos “feios” não são bons para consumo, mas é só uma impressão. As sobras apresentam uma aparência mais rústica, mas podem ser igualmente nutritivas. Portanto, se folhas, cascas e raízes tiverem extremidades estragadas e manchadas, por exemplo, basta removê-las.
Até as cascas do alho e da cebola, junto aos talos de temperos (salsa e coentro), podem ser assadas, batidas no liquidificador com sal grosso e armazenadas em um recipiente vedado para serem utilizadas como tempero.
Utilize a água de cozimento
Quando verduras e legumes passam pelo processo de cozimento, grande parte dos nutrientes ficam na água. Portanto, a dica é utilizar esse caldo concentrado para enriquecer sabores e vitaminar outros pratos. E se você deseja evitar alteração no gosto, experimente utilizá-lo no preparo de proteínas (animal e vegetal). O segredo está em ter uma visão minuciosa para aproveitar todas as propriedades dos alimentos que fazem parte da sua cozinha.
Promova treinamentos sobre a manipulação adequada de alimentos
Instruções de manuseio de ingredientes são essenciais para evitar desperdícios. Logo, o treinamento precisa ser constante a fim de capacitar a equipe da cozinha a respeito do uso integral dos produtos.
O ideal nessa prática é considerar a média de desperdício dos insumos, como o quanto se perde de uma proteína animal ao remover a gordura da carne e o valor pago por quilo. Nesse sentido, é possível pensar no uso da gordura removida — por exemplo, utilizar a banha de porco para refogar, grelhar ou encorpar outros pratos. As instruções precisam seguir essa linha a fim de tornar os funcionários cada vez mais inventivos e sustentáveis na cozinha.
Como visto, o reaproveitamento de alimentos é uma conduta de preservação produtiva e ambiental que traz inúmeros benefícios. Basta agir de forma não convencional na hora de gerenciar e manipular os ingredientes que fazem parte do cardápio do seu estabelecimento. E nunca é demais reforçar a importância de abusar da criatividade na hora de elaborar novas receitas.
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