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Capital próprio: o que é e qual é a diferença para outros tipos

iFoodAutor: iFood
Publicado: 04/12/2025

É comum que os gestores e empresários tenham dúvidas quando se deparam com termos técnicos contábeis, como o capital próprio. Embora a expressão nos pareça autoexplicativa, nem sempre o seu conceito é totalmente compreendido, o que pode causar confusão na rotina financeira dos gestores.

Afonso Nali Melotti, Contador, CRC/ES 019241/O, com MBA em Gestão Empresarial e Bacharel em Direito, ajudará você a não ter mais esse problema. Neste post, ele esclarecerá as principais dúvidas sobre o assunto e mostrará o que o seu negócio ganha ao contar com esses valores.

Continue a leitura e entenda o que é o capital próprio, as vantagens e desvantagens e a diferença em relação ao capital de terceiros.

O que é capital próprio?

Capital próprio é um termo contábil e financeiro usado para se referir ao valor investido pelos sócios ou acionistas de uma empresa no negócio. Ele tem como objetivo refletir a participação dos proprietários no capital social da organização.

“Ele representa os recursos financeiros que pertencem à empresa e não precisam ser reembolsados, exceto em casos de liquidação da pessoa jurídica. Esse capital inclui o valor das quotas do capital social emitidas, lucros retidos e reservas de capital. O capital próprio é essencial para a estrutura financeira da empresa. Afinal, ele fornece uma base sólida para crescimento e estabilidade, além de influenciar a capacidade de a empresa levantar fundos adicionais”, explica Afonso.

Na hora de compor o capital social da sua empresa, vale a pena ficar atento às dicas do Sebrae.

“O capital Social é o valor investido que será colocado à disposição da empresa por cada um dos sócios, seja bens financeiros ou bens materiais. É crucial definir a quantia de cada sócio por percentual registrado em contrato social, quando for o caso. Depois de decidir o percentual, deixar explícito no contrato como cada um dos sócios irá integralizar o capital, ou seja, realizar efetivamente de forma física o seu percentual acordado, prazos, parcelas”.

Quais são os principais tipos de capital próprio?

O capital próprio forma a base financeira da empresa e expressa o quanto o negócio se sustenta com recursos internos. 

Quando ele cresce de forma consistente, o negócio fica mais resistente às oscilações do mercado, administra melhor seus riscos e projeta expansão com mais segurança. 

A seguir, cinco tipos essenciais:

1. Capital social

É o valor investido pelos sócios no momento da abertura ou durante a expansão do negócio. Ele reflete o compromisso dos donos com a empresa e cria um colchão inicial para as operações.

2. Reservas de lucros

São partes do lucro que ficam guardadas para metas específicas, como expansão, contingências ou reforço da estrutura financeira. Funcionam como uma camada de proteção em momentos de incerteza.

3. Lucros acumulados

Representam resultados positivos que ainda não foram destinados ou distribuídos. Em muitos casos, esses saldos viabilizam investimentos rápidos sem necessidade de crédito externo.

4. Ajustes de avaliação patrimonial

Aparecem quando há reavaliação de ativos, como imóveis ou máquinas. Esses ajustes aumentam o valor do patrimônio líquido e reforçam a solidez financeira do negócio.

5. Aportes adicionais dos sócios

São novos investimentos feitos ao longo da vida da empresa. Quando o caixa aperta ou quando surge uma oportunidade estratégica, esses aportes ajudam a manter velocidade nas decisões.

Por que é importante entender esse capital?

O que o gestor precisa ter em mente é que o capital próprio representa a base financeira do seu negócio. Conhecer esse valor faz com que o empreendedor avalie a solidez financeira da empresa e sua capacidade de resistir a crises.

A manutenção de um capital próprio robusto e compatível com as necessidades da organização indica uma estrutura financeira estável, o que contribui para o aumento da confiança dos investidores. Isso reflete na facilitação do acesso a financiamentos, por exemplo. Afonso enfatiza outro aspecto que merece atenção quando se fala na importância desse capital.

“Possuir recursos financeiros próprios pode afetar diretamente a tomada de decisões estratégicas e a gestão de crescimento da empresa. Compreender o montante disponível e o histórico de lucros reinvestidos ajuda o empreendedor a planejar expansões, novas iniciativas e investimentos com maior precisão”.

Esse nível de compreensão também auxilia na avaliação do desempenho da empresa. Afinal, o retorno sobre o capital próprio é um indicador relevante de lucratividade e eficiência operacional

Nesse sentido, ter um bom controle e entendimento sobre o capital próprio permite que o empreendedor tome decisões mais adequadas e garanta um crescimento sustentável e equilibrado.

Quais as vantagens e desvantagens do capital próprio?

O capital próprio, assim como o capital de giro, precisa ser visto sob uma ótica estratégica e operacional. A empresa deve compor o seu capital pensando nas necessidades da operação e eventuais imprevistos. Uma das principais vantagens é que ele ajuda a financiar as atividades proporcionando independência financeira.

“Ao utilizar capital próprio, o empresário evita compromissos com credores e a necessidade de pagar juros sobre empréstimos, o que reduz o risco financeiro e melhora a flexibilidade para tomar decisões estratégicas”, esclarece o contador.

Além disso, o uso de capital próprio fortalece a estrutura econômica da empresa, o que facilita o acesso a crédito junto ao mercado, por meio de contratos de financiamento, por exemplo. Quando a empresa tem uma boa estrutura de capital, ela é vista pelos investidores como uma alternativa sólida e menos arriscada.

Por outro lado, o financiamento da empresa usando capital próprio também tem suas desvantagens. Uma delas é a limitação de recursos disponíveis, já que o montante de capital próprio é restrito ao que os proprietários podem investir.

Isso pode limitar a capacidade de expansão e de aproveitar oportunidades de crescimento. Além disso, ao usar capital próprio, os proprietários podem precisar diluir sua participação na empresa, se novos investimentos forem necessários.

Afinal, quando um novo sócio é adicionado ao negócio, as quotas de participação devem ser divididas com esse novo investidor. Isso reduz o controle e a influência sobre a gestão da empresa.

“A alocação de capital próprio pode ser menos eficiente do que a combinação de capital próprio e de terceiros, especialmente se a empresa não conseguir gerar retornos elevados com os recursos disponíveis” destaca Afonso.

Como você pode ver, é necessário considerar as particularidades do negócio, os objetivos a médio e longo prazo e o mercado no qual a empresa está inserida. A compreensão sobre as diferenças entre capital próprio e capital de terceiros também auxilia na tomada de decisões sobre alocação de capital.

Como pequenos negócios podem aumentar seu capital próprio?

Aumentar o capital próprio exige disciplina e visão de longo prazo. Pequenas empresas, mesmo com margens apertadas, conseguem avançar quando tratam o caixa com rigor e constroem rotinas financeiras que revelam oportunidades de reforço patrimonial. 

Além disso, um empresário atento identifica momentos ideais para investir, guardar e redirecionar recursos de forma inteligente.

Controle financeiro firme

O primeiro passo é enxergar o que realmente acontece no caixa. O negócio ganha clareza quando registra entradas e saídas diariamente, revisa categorias de despesas e define prioridades. O controle bem-feito reduz desperdícios, apoia decisões rápidas e abre espaço para acumular lucro ao longo do tempo.

Reinvestir lucros

Ao manter parte dos lucros dentro da empresa, o empreendedor fortalece sua estrutura. Esse reinvestimento aumenta a capacidade de compra, moderniza processos e amplia o potencial de retorno. É uma forma de alimentar o crescimento sem assumir dívidas desnecessárias.

Reduzir custos sem prejudicar a operação

Alguns gastos travam o avanço do negócio. Revisar contratos, renegociar preços e trocar serviços por alternativas mais eficientes libera recursos que viram capital próprio com o tempo. Vale analisar pagamentos recorrentes e despesas silenciosas que corroem o caixa.

Criar reservas financeiras

Reservas de emergência protegem o negócio contra imprevistos. Quando essas reservas existem, os momentos difíceis não obrigam o empreendedor a diluir capital social ou recorrer a crédito caro. Além disso, manter esse fundo gera confiança para buscar oportunidades.

Aumentar a eficiência das vendas

Maior previsibilidade de receita reforça o capital próprio. Estratégias simples, como ampliar canais de venda, melhorar o atendimento e revisar preços, ajudam a empurrar o lucro para cima.

Qual é a diferença entre o capital próprio e o capital de terceiros?

A diferença em relação ao capital de terceiros é simples: enquanto o capital próprio é um investimento dos sócios, o de terceiros representa recursos obtidos pela empresa por meio de fontes externas, como empréstimos bancários e financiamentos.

“Assim como o capital próprio, o de terceiros também tem sua importância na expansão de um negócio e nas operações da empresa. Ele permite aos gestores acessarem recursos adicionais além do que é disponibilizado pelos próprios investidores”, ressalta Afonso.

Contudo, além da origem é importante que o gestor tenha em mente que o capital próprio não gera obrigações de pagamento de juros e amortização.

Já o capital de terceiros cria compromissos financeiros, que podem impactar a liquidez e a saúde financeira da empresa, por isso ele demanda uma atenção especial em relação ao planejamento financeiro do negócio e gestão de obrigações e , inclusive, deve ser bem gerenciado para evitar riscos financeiros.

Ao usar recursos financeiros próprios ou de terceiros, os gestores devem acompanhar os resultados dos investimentos, analisando métricas como o ROI, que ajudam a compreender a evolução financeira e eventuais ações que precisam ser tomadas.

Como você viu, o capital próprio representa os recursos investidos pelos sócios, enquanto o capital de terceiros está atrelado a todos os valores de origem externa que são aplicados nas operações. A gestão financeira da sua empresa demanda atenção, planejamento e suporte de profissionais competentes. Invista em conhecimento, acompanhe os números e, sempre que necessário, promova os ajustes necessários.

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