Ativo imobilizado: o que significa na contabilidade de um negócio

O que pode ser considerado como ativo imobilizado? Quando realizar essa classificação? Leia o post para descobrir!

O termo “ativo imobilizado” pode até sugerir, em uma leitura apressada, um recurso que não serve para muita coisa em uma empresa. Na verdade, é justamente o contrário! O conceito descreve elementos que são fundamentais para a continuidade das atividades de um negócio.

Os ativos imobilizados são exemplificados por itens tão diferentes entre si quanto um imóvel e uma ferramenta utilizada pelo colaborador. Para explicar melhor, a gente conta com a participação do contador Afonso Melotti, profissional com MBA em Gestão Empresarial. Ele vai explicar melhor a importância da classificação dos bens da empresa.

Continue a leitura para entender o que é a imobilização do ativo e para que serve!

O que é ativo imobilizado?

Os ativos imobilizados são essenciais para a geração de receita dentro do negócio, mas não fazem parte do estoque da empresa ou da atividade-fim de revenda. “Na contabilidade, consideramos um ativo imobilizado qualquer bem tangível (um recurso físico) que uma empresa tenha visando utilizá-lo em suas operações por um longo período”, explica Afonso, que também destaca que esse uso não inclui a venda.

O especialista ainda lista algumas das características:

  • durabilidade: os ativos imobilizados têm vida útil prolongada. Assim, são utilizados por mais de um ciclo operacional da empresa;
  • tangibilidade: os ativos são bens físicos, como terrenos, edifícios, máquinas, equipamentos e veículos;
  • uso nas operações: os ativos imobilizados são utilizados nas atividades produtivas ou administrativas da empresa e não são revendidos;
  • custo significativo: normalmente, são bens de valor elevado, justificando a sua capitalização no balanço patrimonial;
  • depreciação: esses ativos perdem valor com o tempo, por fatores como desgaste e obsolescência. A exceção são os terrenos, que não sofrem depreciação.

Esses ativos são registrados no balanço patrimonial e depreciados ao longo de sua vida útil, o que reflete o desgaste natural e o seu consumo ao longo do tempo.

Mas os ativos imobilizados são contabilizados no balanço patrimonial da empresa com base no seu custo de aquisição. “Esse custo inclui o valor pago pelo bem, acrescido de despesas necessárias para colocá-lo em condições de uso, como transporte, instalação, taxas e eventuais adaptações”, afirma Afonso.

Uma vez adquirido, cada ativo é registrado no grupo dos imobilizados. Esses itens fazem parte de uma classificação mais ampla — os ativos não circulantes, que representam os investimentos de longo prazo de uma empresa.

Para que serve o ativo imobilizado?

Os ativos imobilizados servem a diferentes propósitos em um empreendimento — até porque eles são fundamentais para a operação do dia a dia, para a manutenção e para a expansão dos serviços oferecidos.

Por serem majoritariamente recursos físicos, é possível dizer que qualquer empresa tem ativos imobilizados em sua operação, desde os pequenos negócios até grandes multinacionais. Além disso, as pessoas gestoras precisam ficar atentos ao processo de depreciação de cada um deles.

A depreciação é a desvalorização do valor contábil do ativo ao longo do tempo. Mapear esse processo garante que a empresa reconheça uma despesa correspondente à utilização dos bens em suas atividades operacionais.

“O método mais comum de depreciação é o método linear, no qual o valor depreciável (custo de aquisição menos o valor residual) é distribuído de maneira uniforme ao longo dos anos de vida útil do ativo”, explica o contador.

Ao registrar a depreciação, a empresa reconhece uma despesa em sua demonstração de resultado. Isso reduz o lucro contábil do negócio, mas não afeta diretamente o fluxo de caixa — já que essa é uma despesa não desembolsável.

Em um balanço patrimonial, o ativo imobilizado é apresentado com o valor original de aquisição, deduzido da depreciação acumulada. Isso reflete o valor contábil líquido final do bem.

Por todas essas nuances, a classificação dos ativos é fundamental para o bom planejamento financeiro do negócio. Uma pesquisa do Sebrae mostra que a falta de uma gestão adequada é uma das principais causas para as empresas encerrarem suas atividades:

“17% dizem não ter feito nenhum planejamento e 59% dizem ter feito para no máximo 6 meses”.

Quais são os tipos de ativos imobilizados mais comuns?

Um ativo imobilizado é um bem de longa duração utilizado pela empresa para benefícios próprios. Ele geralmente tem uma vida útil superior a um ano. Alguns exemplos são:

  • imóveis, como edificações, prédios e terrenos em geral;
  • máquinas e equipamentos que a empresa utiliza para as suas operações;
  • veículos, como automóveis comuns, motocicletas e caminhões;
  • mobiliário, como cadeiras, estandes e mesas;
  • infraestrutura de informática, como computadores, impressoras e servidores;
  • itens de coleção e obras de arte, se for o caso da empresa;
  • instalações, como sistemas elétricos, ar-condicionado e itens de iluminação;
  • melhorias em bens arrendados, como as benfeitorias;
  • ferramentas e utensílios utilizados pelos colaboradores no dia a dia.

Caso a empresa utilize bens intangíveis (isto é, recursos imateriais) para conduzir as suas atividades, eles também podem ser classificados como ativos imobilizados. Um exemplo são os softwares e ferramentas de inteligência artificial.

Qual é a importância dos ativos imobilizados?

“Gerenciar corretamente os ativos imobilizados é importante para a saúde financeira do negócio. Afinal, esses bens representam uma parte significativa dos investimentos de longo prazo da empresa”, explica Afonso.

Quando são bem administrados, esses ativos contribuem diretamente com a eficiência operacional do negócio — isto é, possibilitam que os recursos da empresa sejam utilizados de maneira mais produtiva.

A falta de controle sobre esses bens pode resultar em custos desnecessários, como reparos frequentes, obsolescência precoce e a necessidade de substituição antecipada de equipamentos. “Além disso, o correto gerenciamento dos ativos imobilizados envolve o registro adequado de sua depreciação”, ensina o contador.

Esse mapeamento da depreciação é fundamental para que o empreendimento obtenha demonstrações financeiras precisas. “A depreciação bem calculada garante que os resultados apresentados reflitam de forma fiel o desempenho econômico da empresa, evitando a supervalorização ou subvalorização dos ativos”, explica o contador.

Esse controle ajuda a manter a empresa dentro dos padrões contábeis exigidos e proporciona uma visão clara sobre a utilização e o desgaste dos ativos ao longo do tempo.

Outro ponto importante é o impacto no fluxo de caixa, de acordo com Melotti. Uma gestão eficiente dos ativos imobilizados permite prever com precisão a necessidade de investimentos futuros para substituição ou modernização de bens. Tudo isso ajuda a evitar surpresas e mantém uma boa liquidez para o empreendimento.

“Além disso, a empresa pode otimizar o uso de seus ativos, diminuindo a necessidade de novos investimentos e maximizando a rentabilidade do capital já empregado”, finaliza o contador.

Mapear cada ativo imobilizado dentro do negócio é fundamental para que o empreendimento consiga gerir as suas finanças de maneira bem embasada. Além disso, os gestores poderão identificar recursos com depreciação avançada e tomar decisões em cima disso, como a substituição, de modo a manter a produtividade em alta.

Quer conhecer outras formas de gerenciar o seu empreendimento de maneira bem embasada? Então, saiba mais sobre as técnicas de gestão de negócio!

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Por Pedro Camargo

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