Pratos visualmente bonitos, com uma estética agradável e um sabor único. Esses são alguns dos requisitos para um restaurante conseguir uma estrela Michelin. O prêmio conhecido mundialmente é um reconhecimento importante, mas existem outras formas de valorizar o seu negócio.
Pode até parecer estranho, mas nem sempre vale a pena ter uma ou mais Estrelas Michelin, mesmo que você monte um cardápio de sucesso. Tanto é que os sócios do Il Giglio, restaurante italiano, desistiram da premiação depois de ficarem 5 anos com ela.
O motivo? As exigências que fizeram o negócio deixar de lado sua essência — uma troca que, para os donos, não compensou. Apesar disso, o Brasil tem 21 restaurantes com estrelas Michelin, conforme dados da Forbes relativos a 2024.
Então, o que é estrela Michelin, qual o máximo que você pode conseguir e quais são os requisitos? Vamos responder essas perguntas e ainda mostrar outra forma de fazer seu restaurante ser reconhecido como um dos melhores. Continue lendo!*9
O que é estrela Michelin?
Estrela Michelin é uma premiação para restaurantes reconhecidos por sua qualidade de comida, atendimento, serviço e outros fatores, o que leva a uma experiência gastronômica excepcional. Atrelado ao Guia Michelin, esse reconhecimento indica os melhores lugares do mundo para comer, sendo que a avaliação é feita por inspetores especializados.
O Guia Michelin foi criado nos anos 1900 por André e Edouard Michelin, que fundaram a companhia de pneus de mesmo nome. No começo, o objetivo era sinalizar aos motoristas onde eles poderiam parar para comer e dormir ao longo dos trajetos realizados.
Assim, o Guia Michelin sempre trouxe os melhores hotéis e restaurantes do mundo. O sucesso do documento fez com que o ranking, que era de apenas 1 estrela, passasse de zero a 3, em 1936.
A partir disso, a classificação evoluiu e passou a ser reconhecida em todo o mundo. Desde 2015, o Guia Michelin foi lançado no Brasil.
Como funciona a estrela Michelin?
A estrela Michelin funciona como uma avaliação que vai de 0 a 3. A análise dos inspetores ocorre de forma anônima, com verificação dos seguintes critérios: qualidade dos produtos, domínio de técnicas culinárias e sabor, personalidade do chef na comida, relação entre qualidade e preço, e consistência entre as visitas.
Os restaurantes não sabem quando os inspetores farão a análise e nem quem eles são. De toda forma, se acharem que é uma comida que se enquadra nos critérios, eles definem uma nota.
Então, qual o máximo de estrelas Michelin? No final, o negócio pode ter:
- 1 estrela Michelin: é um local requintado e de qualidade, que vale a pena conhecer;
- 2 estrelas Michelin: é um restaurante excelentes, com ingredientes valorizados pelo chef e pratos incríveis;
- 3 estrelas Michelin: é um lugar excepcional, que oferece a melhor experiência gastronômica por ter produtos maravilhosos e pratos equilibrados e perfeitos.
Essas classificações da estrela Michelin compõem o guia, que tem 4 versões. Elas são:
- Guia Prático: versão de bolso, que tem dicas sobre diferentes cidades;
- Guia Verde: apresenta patrimônios arquitetônicos e históricos;
- Guia Gourmand: indica restaurantes típicos de certas regiões da França e de outros países;
- Guia Vermelho: mostra quais restaurantes têm estrelas Michelin.
Alguns dos chefs internacionais cujos restaurantes têm esse reconhecimento são Alain Ducasse (21 estrelas Michelin), Gordon Ramsey (17), Pierre Gagnaire (14), Masahiro Yoshitake (6) e Hèlène Darroze (5).
Qual brasileiro tem Estrela Michelin?
- D.O.M.: é de Alex Atala, em São Paulo, tem 2 estrelas.
- Oteque: de Alberto Landgraf, no Rio de Janeiro, tem 2 estrelas.
- ORO: de Felipe Bronze, no Rio de Janeiro, tem 2 estrelas.
- Tuju: de Ivan Ralston, em São Paulo, tem 2 estrelas.
- Evvai: de Luiz Filipe, em São Paulo, tem 2 estrelas.
- Lasai: de Rafa Costa e Silva, no Rio de Janeiro, tem 2 estrelas.
- Cipriani: de Nello Cassesse, no Rio de Janeiro, tem 1 estrela.
- Mee: de Alberto Morisawa, no Rio de Janeiro, tem 1 estrela.
- Huto: de Fabio Yoshinobu Honda, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Jun Sakamoto: de Jun Sakamoto, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Kinoshita: de Tadashi Shiraishi, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Kan Suke: de Keisuke Egashira, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Maní: de Helena Rizzo e Willem Vandeven, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Picchi: de Pier Paolo, em São Paulo, tem 1 estrela.
- San Omakase Room: de André Nobuyuki Kawai, no Rio de Janeiro, tem 1 estrela.
- Fame Osteria: de Marco Renzetti, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Kazuo: de Kazuo Harada, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Kuro: de Henry Miyano e Gerard Barberan, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Murakami: de Tsuyoshi Murakami, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Oizumi Sushi: de Danilo Maciel, em São Paulo, tem 1 estrela.
- Tangará Jean-Georges: de Jean-Georges, em São Paulo, tem 1 estrela.
Esses restaurantes têm 1 ou mais estrelas Michelin no Brasil. Ainda tem alguns lugares que receberam a Estrela Verde Michelin.
Além de saber o que significa estrela Michelin, existe essa outra premiação. Ela reconhece a sustentabilidade no restaurante e a adoção de práticas amigas do meio ambiente. Eles são Tuju, A Casa do Porco e Corrutela. Essas informações estão na matéria da Forbes.
Vale a pena ter Estrela Michelin?
Vale a pena ter Estrela Michelin, se você quer ter reconhecimento mundial. No entanto, essa premiação traz alguns pontos negativos, como a necessidade de manter a perfeição, o que envolve o aumento de custos. Por isso, é preciso colocar na balança os prós e os contras de ter essa distinção.
Segundo uma matéria da Exame, os restaurantes que receberam uma estrela Michelin tinham mais propensão a fechar as portas nos anos seguintes. Para ter uma ter, aproximadamente 40% deles faliram entre 2005 e 2014.
Entre os motivos que levam a essa situação estão:
- atração de novos públicos, que buscam conhecer a gastronomia do local;
- aumento das expectativas para atender às demandas dos clientes, o que leva ao aumento de custos;
- crescimento dos gastos com fornecedores, aluguel e outras empresas, porque costumam cobrar mais;
- aumento das contas dos clientes, o que pode gerar insatisfação.
Esses fatores foram percebidos pelos proprietários do Il Giglio. Segundo eles, o restaurante deixou de inovar e passou a se preocupar mais com os padrões do Guia Michelin, em vez de fazer uma comida que tivesse uma personalidade própria.
Sem contar que, para ter uma estrela Michelin no Brasil, é preciso estar em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Os restaurantes de outras cidades nem são considerados, porque o guia abrange apenas esses dois locais.
Como ter reconhecimento no iFood?
Para ter reconhecimento no iFood, você precisa conseguir o selo de Super-Restaurantes. Esse é um programa de reconhecimento que valoriza um grupo seleto de negócios que oferecem uma boa experiência ao cliente.
A partir desse selo, seu restaurante ganha um ícone de destaque no aplicativo, tem mais visibilidade e consegue aumentar suas vendas justamente por aparecer no iFood.
Assim, além de saber o que significa estrela Michelin, você precisa entender que existem alguns critérios a cumprir. Veja quais são eles:
- ter uma média de avaliação igual ou maior do que 4,7;
- ter uma taxa de cancelamento (churn) menor ou igual a 0,9%;
- ter um índice igual ou menor do que 1% nos chamados abertos por clientes devido a atrasos, erros e ausência de entrega.
Ainda tem o Prêmio iFood de Super Restaurante, lançado em 2024 e que reconheceu os melhores entre os melhores. Dessa forma você pode até querer saber qual o máximo de estrelas Michelin, mas existem outros formatos de reconhecimento.
Qualquer que seja o caso, é preciso verificar se vale a pena ter uma estrela Michelin. Se o seu foco é o cliente e a qualidade do produto e do serviço, o reconhecimento no iFood é um grande passo — e você nem precisa mudar seus padrões para ter essa valorização.
Então, o que acha de saber como atingir esse patamar de mais visibilidade e aumento das vendas? Baixe gratuitamente este guia inteligente e melhore a força da sua loja no iFood.