Economia criativa: 5 ideias de negócio para você começar

Com a economia criativa, você inova o seu negócio com diversas soluções. Descubra como aproveitá-la no post a seguir!

O conceito de economia criativa tem ganhado bastante relevância nos últimos anos, transformando negócios no mundo todo. Segundo reportagem da Agência Brasil, um levantamento do Observatório Nacional da Indústria apontou a geração de 1 milhão de empregos nessa área, até 2030. Com base nesses dados, a economia criativa no Brasil já corresponde a 3,11% do PIB

Dessa forma, quem quer abrir um negócio ou crescer o seu, pode aproveitar a economia criativa para inovar. Seja atuando em setores relacionados a ela, seja só se inspirando em suas soluções, ela é um meio real de manter sua relevância em mercados competitivos. 

Afonso Nali Melotti, Bacharel em Ciências Contábeis (CRC ES-019241/O) com MBA em Gestão Empresarial, explicará a você como a economia criativa pode ser aplicada à sua realidade.

Continue a leitura e descubra quais ideias de negócio é possível colocar em prática! 

O que é economia criativa?  

Para começar, a economia criativa não é uma indústria, mas uma definição mais ampla que pode ser aplicada para diferentes segmentos. Veja como o Sebrae a define:

“Economia Criativa é um termo criado para nomear modelos de negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos com vistas à geração de trabalho e renda”.

Ou seja, é tudo o que pode ser criado a partir do pensamento humano. Assim, em relação a que atividades estão relacionadas a esse conceito temos diversos exemplos. 

Alguns dos mais conhecidos são as indústrias de entretenimento, publicidade e marketing, como as produtoras de Hollywood ou a Netflix, que movimentam o segmento de produção audiovisual. 

Já as Big Techs — como Google, Meta e Apple —, usam a economia criativa na área de tecnologia, com softwares e equipamentos em constante evolução. Porém, o conceito também tem sido usado no que seriam segmentos tradicionais, como a indústria automobilística. 

A Tesla, por exemplo, é uma empresa que atua no segmento de veículos elétricos e energia. Por meio de ideias inovadoras, junto a um grande investimento em tecnologia, ela impulsionou o setor de transporte sustentável com soluções acessíveis, atendendo a demandas de consumo. Com isso, seu faturamento chega a US$25,5 bilhões

Por que está em crescimento?  

O interesse pela economia criativa só tende a aumentar, conforme a tecnologia avança. Afinal, cada vez mais surgem novos recursos para usar em seu negócio com o intuito de otimizar as suas operações. Por exemplo, por meio de um aplicativo seu restaurante vai até o cliente. Por meio de outro, você pode postar fotos e vídeos dos produtos, mantendo o interesse do consumidor. 

Essas são práticas de marketing e publicidade, que podem ser aplicadas a micro e pequenos negócios. Porém, o conceito também é essencial para as indústrias de grande porte, que sustentam mercados bilionários, conforme explica Afonso. 

“(…) nós temos o setor de desenvolvimento de softwares e jogos. Esses setores são muito aquecidos. Apenas para ter uma ideia, o mercado de games tem um faturamento anual de aproximadamente R$1 bilhão todos os anos. Já o desenvolvimento de softwares também tem um mercado gigantesco que pode ser explorado na economia criativa. A expectativa é que o faturamento desse último setor ultrapasse os US$800 bilhões em quatro anos”.

Além disso, o conceito está diretamente relacionado com um fator essencial para qualquer negócio funcionar: a experiência do consumidor. Independentemente do tamanho da empresa, quando as soluções da economia criativa são bem aplicadas, elas podem tornar esse aspecto ainda melhor. 

Porém, essas soluções precisam ser feitas com cuidado, pois há muitos desafios para superar, conforme aponta Afonso Nali: 

“Entre os principais desafios que posso destacar sobre a economia criativa é a concorrência intensa, gestão de propriedade intelectual — especialmente, em pequenos negócios — acesso a financiamentos, a manutenção da originalidade e, principalmente, a adaptação às mudanças tecnológicas”.

Como aplicar a economia criativa?  

O uso da economia criativa no seu negócio pode acontecer de diferentes maneiras, inclusive com simples ações. 

Por exemplo, empresas que adotam delivery conseguem aproveitar soluções tecnológicas, como a automação do atendimento, para dar autonomia ao cliente e agilizar o processo de venda. 

Já em termos de estratégia, quem investe em cross selling pode contar com ferramentas que permitam a personalização dos produtos. Dessa forma, é possível vender mais e ter um mix de oferta maior. Nesse caso, o uso de dados também ajuda a garantir essas operações, por exemplo, ao fazer o gerenciamento de estoques. 

Quanto ao funcionamento da empresa, a economia criativa incentiva a participação de funcionários, valoriza o feedback e torna equipes mais capacitadas, com treinamentos focados, facilitados pela digitalização. Afinal, como explica o contador: 

“O mais importante, sem dúvidas, é o fomento a uma cultura de inovação. Os empresários devem criar um ambiente em que a criatividade e a inovação sejam valorizadas e incentivadas. É importante promover a colaboração entre diferentes departamentos e disciplinas para gerar novas ideias e soluções”.

Quais ideias de negócios da economia criativa é possível colocar em prática? 

Depois de entender o que é economia criativa e como aplicá-la, existem diversos segmentos que você pode explorar e atuar. Confira 5 deles a seguir! 

1. Produção de conteúdo 

A produção de conteúdo é o termo generalizado para qualquer produto feito para o digital. Sendo um dos melhores exemplos da economia criativa atual, por meio dela é possível dar vida a diferentes ideias e vendê-las online. Afinal, é possível trabalhar com muitos segmentos, como: 

  • produção de filmes independentes; 
  • carreira de influencer; 
  • gravação de podcasts; 
  • criação de cursos etc. 

2. Indústria de jogos 

A indústria de jogos é uma das alternativas que estão mais em alta — e o melhor: é possível trabalhar com ela de duas maneiras. 

A primeira é produzindo conteúdos criativos, como jogos, ou atuando no setor tecnológico, com softwares. A segunda opção é atuando como competidor, no segmento de e-sports (esportes eletrônicos). 

3. Gastronomia 

A gastronomia é uma área rica de opções de atuação. Além disso, é um ótimo campo para a economia criativa, já que se renova constantemente por meio de novas ideias. Assim, é possível atuar nela de diferentes maneiras, como: 

4. Moda 

Com mais possibilidades, inclusive por meio do digital, é possível criar marcas locais, produzindo roupas por demanda, com designs exclusivos. Inclusive, você pode investir no seu próprio e-commerce e alcançar um público maior.

5. Artesanato 

O artesanato também encontra espaço na economia criativa. Artistas podem abrir seus próprios ateliês, até mesmo em casa, aproveitando o ambiente online para vender para todo o país. 

A economia criativa é um conceito cada vez mais importante. Além de abarcar indústrias do pensamento criativo, como o cinema ou a tecnologia, ela também se adapta às áreas mais tradicionais, como a gastronomia. Dessa forma, é possível enfrentar a concorrência e se manter no mercado, usando as soluções criativas para alcançar o cliente de forma personalizada. 

Quer se preparar para a economia criativa? Aprenda como usar a IA na gastronomia! 

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