Não há dúvidas de que diferentes tipos de café fazem sucesso entre os brasileiros. Mas na hora de abrir uma cafeteria, é preciso pensar naqueles que vendem mais e que vão ajudar seu negócio a fazer sucesso.
Então, que tal entender quais tipos de cafés podem fazer sucesso no seu negócio, seja no balcão, seja no delivery? Confira neste post.
Quais são os tipos de café?
Vamos começar com os diferentes tipos de café.
Café extraforte
O extraforte é um tipo de café com torra escura, sendo que os grãos são praticamente queimados. Essa prática serve para maquiar as impurezas, como cascas, galhos e mais.
Café tradicional
O café de tipo tradicional tem sabor e aroma comuns. É ideal para o dia a dia e está disponível em diferentes marcas, sendo geralmente comprado nos supermercados. Alguns grãos defeituosos podem ser encontrados, mas boa parte dos clientes costuma consumi-lo.
Os grãos maduros, verdes e passados são colhidos juntos e não há seleção de qualidade. Inclusive, há impurezas. Mesmo assim, você precisa ter na sua cafeteria devido ao elevado consumo.
Café superior
Também chamado de premium, este tipo de café tem sabor e aroma mais perceptíveis, mas ainda comuns. Uma característica é o fato de terem, no máximo, 10% de grãos defeituosos, o que aumenta a sua qualidade.
Os grãos são verdes ou quebraram no caminho, com uma torra bem escura. Ele tem um valor agregado mais elevado, sendo uma boa aposta para atrair clientes.
Café gourmet
Os tipos de café gourmet são puros por não terem grãos defeituosos. Ainda assim, eles não passam por uma classificação rigorosa. A vantagem é sua qualidade maior, gerando mais valor agregado. Também é possível distinguir notas achocolatadas, de nozes e frutais.
Café especial
O café especial é um dos melhores, sendo fabricado a partir de grãos maduros e selecionados. Não há impurezas e as notas sensoriais apresentam mais qualidade. A produção e o controle são rígidos.
Café extraordinário
Os tipos de café extraordinário são aqueles considerados os melhores do mundo. Passaram pelo máximo processo de qualidade e podem ser um bom atrativo para a sua cafeteria, mas é preciso ter cuidado, já que o preço será muito mais elevado.
Grãos e torras populares de café
O café ocupa um lugar especial no dia a dia do brasileiro. Não é apenas uma bebida que desperta: é também parte da cultura, da socialização e até mesmo da identidade nacional. Porém, nem todo café é igual.
O sabor final depende de fatores como o tipo de grão, o terroir e o grau de torra escolhido. Entender essas nuances ajuda qualquer apreciador a valorizar ainda mais a xícara que segura nas mãos.
Tipos de grãos de café
- Robusta: os grãos são rústicos e com sabor acentuado. O tempo de maturação é maior do que o arábica e há alta resistência a doenças. É mais encontrado em blends e cafés liofilizados, um tipo de café solúvel;
- Conilon: os grãos são arredondados e pequenos. O sabor é amargo devido à grande quantidade de cafeína e pouco açúcar;
- Arábica: é o tipo de café mais produzido no mundo, tem sabor suave e puro, sendo adocicado e um pouco ácido.
O grão arábica ainda é dividido em algumas variedades. Uma delas é o Bourbon, com aroma intenso e adocicado, e sabor suave. Já o Catuaí é um dos tipos de café principais no Brasil, sendo bastante doce.
O Novo Mundo tem aroma suave e sabor marcante, sendo muito usado em torras escuras por ser mais doce e encorpado. Ainda tem o Caturra, de alta qualidade, e o Acaiá, bastante raro, com notas frutadas, sabor suave e acidez média.
Contudo, mesmo dentro de uma mesma variedade, o processo de torra transforma radicalmente o resultado na xícara.
Tipos de torras de café
A torra é a etapa que define o perfil sensorial do café. É nesse momento que os açúcares caramelizam, os óleos essenciais se liberam e os aromas se intensificam. Em linhas gerais, temos três categorias principais:
- Torra clara: mantém maior parte da acidez e realça notas frutadas. É comum em cafeterias especializadas e indicada para métodos filtrados, já que preserva a complexidade do grão;
- Torra média: equilibra corpo, acidez e doçura. É a mais versátil, agradando tanto a quem prefere o café mais suave quanto quem gosta de intensidade moderada;
- Torra escura: intensifica o amargor e reduz a acidez. É comum em cafés extrafortes (já citados) e muito usada para espresso. Traz notas de chocolate amargo, caramelo queimado e até fumaça.
Na prática, não existe uma torra “melhor” que outra. O gosto pessoal é o que determina a preferência.
Um consumidor acostumado a cafés fortes pode achar uma torra clara “fraca demais”, enquanto outro que valoriza nuances aromáticas pode rejeitar o amargor das torras mais escuras. Essa pluralidade faz do café um universo aberto a descobertas.
Como é o processo de produção do café?
A jornada do café é longa antes de chegar à xícara. Tudo começa no plantio, que precisa de regiões com altitude, solo fértil e clima adequado.
Após cerca de três anos, o cafeeiro começa a produzir frutos.
A colheita pode ser manual ou mecanizada. A manual, comum em áreas de montanha, garante maior seletividade, já que o trabalhador escolhe os grãos maduros. A mecanizada é mais ágil, porém menos precisa, podendo misturar frutos verdes e maduros.
Depois da colheita, o processamento define a qualidade do grão. Existem métodos diferentes:
- Via seca: o fruto inteiro é seco ao sol, resultando em cafés encorpados;
- Via úmida: a polpa é retirada antes da secagem, produzindo cafés mais limpos e com acidez mais evidente;
- Honey: método intermediário, no qual parte da mucilagem é mantida, gerando doçura e corpo equilibrados.
Com os grãos secos, chega o momento da torrefação. Essa etapa exige precisão: uma torra mal conduzida pode destruir as qualidades naturais do café.
Depois, o produto é moído na granulometria adequada para cada método (filtro, prensa francesa, espresso, etc.).
Por fim, resta o preparo. Da água à temperatura, cada detalhe influencia no resultado final. Uma mesma torra pode gerar experiências completamente distintas dependendo do cuidado nessa última etapa.
Quais são as principais regiões produtoras de café no Brasil?
O Brasil é o maior produtor de café do mundo e cada região apresenta características próprias. Essa diversidade faz do país um gigante não apenas em volume, mas também em qualidade.
- Minas Gerais: responsável por cerca de metade da produção nacional. A região da Mantiqueira, por exemplo, é conhecida por cafés com acidez delicada e notas doces;
- Espírito Santo: destaque no cultivo do conilon, de sabor intenso e corpo encorpado. Nos últimos anos, também vem investindo em arábicas de qualidade;
- São Paulo: a Mogiana paulista é famosa por cafés equilibrados, com corpo médio e doçura marcante;
- Bahia: regiões como Chapada Diamantina e Planalto da Conquista produzem cafés com notas frutadas e florais, valorizados em concursos internacionais;
- Rondônia: ganhou relevância com a produção de robusta de alta qualidade, muitas vezes usado em blends para espresso;
- Paraná: já foi líder em produção, mas ainda mantém relevância com cafés de bom corpo e aroma.
Cada terroir oferece ao consumidor uma experiência distinta. Quem aprecia cafés suaves pode preferir Minas Gerais ou Bahia.
Já quem busca intensidade encontra boas opções no Espírito Santo e em Rondônia.
Quais são os tipos de bebidas à base de café?
Vamos conferir agora as bebidas feitas com café.
Espresso
É um tipo de café concentrado por ser feito em uma máquina com sistema de pressão e moagem. Gera uma bebida de sabor intenso e com crema (uma espuma densa).
Pingado
O pingado é o café com leite tradicional do brasileiro. Indica-se evitar a fervura ou o aquecimento exagerado do leite. Depois, ele vai sendo adicionado ao espresso ou ao coado.
Latte
De origem italiana, o latte é formado por espresso e duas doses de leite vaporizado. Sobre o café, tem uma espuma fina feita de leite.
Cappuccino
Muito conhecido, o cappuccino conta com um terço de espresso e a mesma quantidade de leite vaporizado e de espuma de leite. Isso gera uma sensação diferenciada devido à cremosidade. Pode ser servido com outros ingredientes complementares, como chocolate e canela em pó.
Mocha
O também conhecido mocaccino tem espresso, leite vaporado, chocolate e espuma de leite. É um drinque criado com um grão de sabor achocolatado, chamado de mocha.
Café gelado
Outro destaque no verão é o café gelado, feito a partir do coado resfriado em banho-maria ou em temperatura ambiente. Depois, acrescenta-se gelo. Você pode criar inovações colocando leite condensado, laranja, água com gás, açúcar, chocolate etc. Coloque a criatividade à prova e teste receitas!
Cold brew
Esta é uma opção diferenciada do café gelado, mais doce e 70% menos acidez do que as opções quentes da bebida. Ele é feita pela infusão dos grãos em água fria. Então, há um descanso de 10 a 15 horas para valorizar o sabor e o aroma.
Espresso tônica
Mais uma opção gelada, o espresso tônica leva esse tipo de café com água tônica, limão e cubos de gelo. É possível complementar com folhas de hortelã e até colocar laranja.
Café coado
Chamado ainda de café passado, tem sua versão mais tradicional no coador de pano. Em sua cafeteria, você pode optar pelos coadores profissionais.
Café americano
O café americano é uma combinação de espresso e água quente. Isso cria uma bebida forte, mas menos encorpada.
Café cortado
O café cortado é menos ácido por conter leite vaporizado. No entanto, não tem o creme espesso. Com isso, o sabor é intenso.
Macchiato
O macchiato é um café com leite e espuma. Ele é feito com espresso e costuma ser popular nas cafeterias.
Como escolher o melhor tipo de café para sua cafeteria?
Para escolher o melhor tipo de café para sua cafeteira, avalie o tipo de semente, a homogeneidade dos grãos e prefira evitar a versão em pó.
Esses são critérios que ajudam na qualidade. Assim, o arábica costuma ser um dos principais e, quando moído na hora, consegue preservar todas as suas propriedades.
Além disso, se você não conseguir verificar a homogeneidade dos grãos, confira as informações da embalagem.
Busque o tipo, região de cultivo, nome do produtor e latitude e altitude em que o cafezal se encontra.
De modo geral, a dica é optar por grãos arábica do tipo de café gourmet ou especial. Essas são boas opções para venda, porque garantem uma bebida equilibrada, com doçura e aroma intensos, e diferentes níveis de sabor e acidez.
Desse modo, você aproveita os benefícios da bebida queridinha dos brasileiros. Aliás, essa é uma das ideias para aumentar suas vendas no inverno, mas também é possível ter bons resultados no verão. Basta oferecer cafés gelados, que refrescam e são saborosos.
Em resumo, existem vários tipos de café, tanto no que se refere à receita da bebida quanto o que está relacionado aos grãos.
Qualquer que seja o caso, há diferentes alternativas para você colocar na sua cafeteria. Então, vale a pena considerar o seu público-alvo e sempre focar na qualidade para aumentar suas chances de sucesso.
E você, quer saber como usar o café para além do sabor? Saiba como usar experiências sensoriais no marketing e aproveite o aroma dessa bebida para fidelizar clientes!
