Valor agregado: como aumentar para se destacar no mercado

Muito além do preço: entenda como agregar valor aos seus produtos e conquistar o coração do cliente com experiências que fidelizam e diferenciam sua marca.

No atual cenário comercial, um produto não é só um produto, é um meio de sentir, de resolver algo, de se afirmar de uma determinada maneira, de participar em conversas, de construir algo. 

Por isso, não vale a pena se importar apenas com a funcionalidade do produto, mas sim com o valor agregado

O valor agregado seria basicamente o que o produto gera como benefício imensurável e imaterial ao cliente: como faz ele se sentir, como o valoriza. Ele é um importante conceito que, se bem implementado, consegue ajudar o seu estabelecimento a criar raízes e enfrentar crises. 

Agregar valor ao produto faz toda a diferença para o seu negócio. A seguir, mostramos o impacto dessa ação e o que você pode fazer para alcançar esse objetivo. Boa leitura! 

O que é valor agregado? 

O conceito de valor agregado pode ser subjetivo, dependendo da necessidade do cliente e da percepção que esta pessoa tem do que você vende. 

De forma geral, ele refere-se a um serviço ou produto agregado, cujo valor é formado não só pelo preço, mas por diversos fatores, que incluem até o processo de compra e o de uso. 

Assim, o produto é visto de um jeito bastante positivo — que seria o valor percebido. A partir daí, a pessoa deseja comprá-lo e pode se tornar fã de uma marca. 

Por exemplo, os produtos da Apple são reconhecidos por sua qualidade e inovação tecnológica. Isso se reflete em produtos com valores altos em mercados como o Brasil, que foi o segundo país com o iPhone 15 mais caro, segundo a Valor Econômico. 

Muito por conta disso, segundo levantamento da empresa Brand Finance, a Apple lidera no ranking das marcas mais valiosas, com pouco mais de 500 bilhões de dólares. 

Isso se dá por todo o seu valor agregado, que engloba: 

  • produtos variados e lançamento de novidades; 
  • sistemas exclusivos diferentes dos concorrentes; 
  • aspectos subjetivos, como status por usar a marca. 

Dessa forma, a empresa consegue contar com uma comunidade engajada e promotora, conhecida como “Applelovers”, que mesmo não comprando tudo o que ela vende, a vê como a melhor e a apoia.

Qual é a importância do valor agregado?

importância do valor agregado

Para qualquer segmento, inclusive o de alimentos, o valor agregado é o que faz as pessoas escolherem você e não a concorrência. Isso porque o estabelecimento oferece esse “algo a mais” na experiência de compra, que encanta e fideliza o cliente. O resultado será mais vendas e até mais clientes, conforme a sua empresa ganhar relevância.

Depois de saber o que é valor agregado de um produto, vale a pena olhar de perto os benefícios que ele traz para a sua empresa, como: 

  • melhor conhecimento de como está atuando e busca de melhoria constante;
  • reconhecimento de clientes e concorrentes sobre a qualidade do produto ou serviço; 
  • possibilidade de se tornar líder no seu segmento e ter uma marca forte; 
  • uso de estratégias simples para alcançá-lo, sem necessariamente gastar mais; 
  • maior alcance de pessoas pelo marketing boca a boca;
  • possibilidade de trabalhar com novos nichos e já contar com clientes interessados. 

Já pensando em impactos, o valor afeta tanto a empresa quanto a sua vida como empreendedor. Por exemplo, conforme o negócio se torna mais reconhecido e vende mais, ele consegue se tornar mais independente. 

Para você, isso significa também uma maior liberdade financeira e de tempo, não só porque tem recursos entrando, mas porque consegue investi-los. Assim, é possível terceirizar processos e expandir o seu estabelecimento, contando com a ajuda de uma equipe especializada, que vai trabalhar focada em manter e aumentar esse valor agregado. 

Valor agregado e satisfação do cliente 

No livro “Cultura da Convergência”, Henry Jenkins aborda o conceito de “capital emocional” para justificar o porquê de as pessoas se tornarem fãs de marcas. Muito ligado ao valor agregado, ele envolve estratégias de empresas para mexerem com o “coração” de seus clientes. 

No caso dos restaurantes, esse é o benefício que você deve buscar ao trabalhar com estratégias para aumentar o valor. Mais do que “conquistar pelo estômago” com boa comida, ele vai manter a presença da sua empresa na memória do consumidor, levando a uma experiência satisfatória porque também é emocional, o que influencia na fidelização. 

É o que a Coca-Cola fez ao longo dos anos. Mais do que vender refrigerante e estar em todo lugar, ela criou e reforçou a ideia de que a bebida estivesse presente em momentos importantes com família e amigos. Assim, a marca conseguiu se tornar relevante por anos, pois construiu bem seu valor, agindo até mesmo de forma inconsciente nas memórias das pessoas.

Quais os tipos de valor agregado?

O valor agregado pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do segmento e das estratégias da empresa.

Entre os principais tipos, podemos destacar:

  • Valor funcional: relacionado à utilidade prática do produto. Uma embalagem fácil de abrir, por exemplo, já adiciona valor;
  • Valor emocional: mexe com os sentimentos do consumidor. Marcas que criam identificação ou despertam desejo se posicionam aqui;
  • Valor social: quando o consumo do produto gera status ou pertencimento a um grupo específico;
  • Valor simbólico: envolve significados culturais, histórias de marca ou causas sociais ligadas ao produto;
  • Valor sensorial: experiências que estimulam os sentidos, como uma embalagem com textura diferenciada ou um aroma específico.

Cada um desses tipos pode influenciar a decisão de compra de formas diferentes. Entender o público é o primeiro passo para saber qual deles explorar.

Qual a diferença entre valor agregado e valor percebido?

Embora muita gente use os termos como sinônimos, eles não significam exatamente a mesma coisa. 

Valor agregado diz respeito ao que a empresa efetivamente adiciona ao produto ou serviço. São as melhorias, os diferenciais, os atributos extras.

Já o valor percebido é o que o cliente enxerga como benefício. Não adianta uma marca investir em melhorias que o consumidor não percebe ou valoriza. 

Por exemplo, um restaurante pode usar ingredientes orgânicos (valor agregado), mas se não comunicar isso ao público, o valor percebido será o mesmo de um restaurante comum.

Em resumo: valor agregado é o que a empresa entrega. Valor percebido é o que o cliente reconhece.

Como aumentar o valor agregado de um produto/serviço?

como aumentar o valor agregado

Aumentar o valor agregado exige estratégia, criatividade e, acima de tudo, um olhar atento para o comportamento do consumidor.

Conheça seu público-alvo

O primeiro passo é entender o público-alvo: quem compra e por quê. Isso evita investir em diferenciais que não fazem sentido para o consumidor final. Faça pesquisas, analise dados de compra e busque padrões de comportamento. 

Uma pizzaria, por exemplo, só vai conseguir agregar valor se souber se o público valoriza mais rapidez na entrega ou qualidade dos ingredientes.

Preveja tendências para se destacar

Antecipar movimentos do mercado pode ser a chave. Marcas que identificam novas demandas antes da concorrência saem na frente

Se o consumidor começa a buscar embalagens sustentáveis, investir nesse diferencial pode colocar o produto em destaque. A leitura de tendências não é luxo. É uma necessidade para quem quer gerar valor.

Desperte o desejo do seu cliente

Valor agregado também passa por criar desejo. Um exemplo clássico é o setor de tecnologia. Novos modelos de celular surgem com pequenos avanços, mas com campanhas que fazem o consumidor sentir que precisa daquela novidade. 

Design, exclusividade, cores diferenciadas… Tudo isso cria um ambiente propício para a decisão de compra.

Ofereça um atendimento de excelência

Muitas vezes, o valor não está no produto em si, mas no modo como o consumidor é tratado. Um atendimento ágil e personalizado transforma uma experiência comum em algo memorável. 

Empresas que treinam suas equipes para escutar o cliente, resolver problemas rapidamente e surpreender positivamente aumentam o valor agregado de forma significativa.

Surpreenda o cliente em sua jornada de compra

Pequenos gestos fazem a diferença. Uma embalagem personalizada, um brinde inesperado, um item especial a mais ou um cartão de agradecimento são estratégias simples, mas com grande efeito emocional. 

Essa atenção aos detalhes gera encantamento e fortalece o vínculo com a marca.

Colete feedbacks

Quem escuta, melhora. Clientes sabem dizer com precisão o que valorizam e o que esperam de um produto ou serviço. Por isso, criar canais para ouvir o consumidor, analisar essas informações e implementar melhorias baseadas nelas é um caminho seguro para agregar valor.

Faça parcerias para aumentar o valor agregado

Alianças estratégicas também ajudam. Um restaurante pode firmar parceria com produtores locais para oferecer ingredientes frescos e exclusivos. 

Já uma loja de roupas pode associar sua marca a influenciadores que reforcem o valor simbólico de suas peças. O importante é que a parceria traga um benefício real e perceptível para o consumidor.

Exemplo de valor agregado de um produto

Um exemplo recente de promoções usadas para aumentar o valor da marca foi a volta do lanche McFish pelo McDonald’s. Criado em 1962 para quem não consumia carne na Quaresma, o lanche chegou ao Brasil em 1992 — e foi vendido de forma esporádica. 

Em janeiro de 2024, teve um relançamento, que gerou grande interesse do público, vendendo mais de 85 mil sanduíches, segundo Sérgio Eleutério, diretor de marketing da rede de fast food, para a Exame

Em junho, a campanha retornou de forma sazonal, com foco em conteúdo, com uma série chamada “McFish — O Regresso”. Segundo o diretor, como a demanda pelo sanduíche é baixa em um cardápio tradicional, o objetivo é vendê-lo esporadicamente. Com isso, não só o produto se torna interessante, mas a marca se renova, aumentando seu valor agregado. 

Em sua entrevista, Sérgio ainda destacou:

“Agora, ao trazê-lo sazonalmente, a mobilização dos aficionados acaba contagiando até mesmo aqueles que só ouviram falar dele, gerando um movimento de pico, para o qual estamos mais preparados agora, com mais filés e sanduíches.”

Como posso agregar valor ao meu produto sem necessariamente aumentar os custos operacionais?

Nem toda ação de valorização precisa pesar no orçamento. Muitas melhorias envolvem criatividade e ajuste de processos. 

Um bom exemplo é a personalização da comunicação com o cliente. Um e-mail pós-compra bem estruturado, um recado simpático no pacote ou uma simples mensagem de agradecimento no iFood já mudam a percepção de valor.

Outra estratégia é otimizar a apresentação visual dos produtos. Uma descrição bem feita, com fotos de qualidade e linguagem alinhada ao público, gera valor sem mexer no custo de produção.

Além disso, trabalhar a história da marca, reforçando propósitos e causas sociais, também aumenta o valor agregado sem demandar investimentos operacionais significativos.

Valor agregado é só sobre o produto ou também envolve a experiência do cliente no delivery?

O valor agregado vai muito além do produto. Envolve toda a jornada, desde o momento em que o cliente faz o pedido até a entrega

No caso de um delivery, aspectos como embalagem, tempo de entrega, apresentação do pedido e até a temperatura da comida fazem parte da experiência.

Se o consumidor abre o pacote e encontra um bilhete escrito à mão, por exemplo, a percepção de valor sobe. Da mesma forma, uma embalagem mal fechada ou um atraso geram frustração e reduzem o valor percebido.

Pensar no delivery como uma extensão do produto é essencial. Afinal, de nada adianta ter o melhor hambúrguer da cidade se ele chega frio e bagunçado.

Existe diferença entre valor agregado e diferenciação de marca?

valor agregado e diferenciação

Sim, existe. Embora os conceitos se cruzem, são estratégias distintas. Valor agregado está ligado aos benefícios extras que o cliente recebe, enquanto diferenciação de marca é o conjunto de características que tornam a marca única no mercado.

Por exemplo: uma cafeteria que oferece Wi-Fi gratuito está agregando valor ao serviço. Se essa cafeteria se posiciona como o espaço preferido dos profissionais criativos da cidade, está trabalhando sua diferenciação de marca.

Uma coisa alimenta a outra, mas é importante não confundir. Valor agregado fortalece a entrega de valor. Diferenciação constrói a identidade da marca.

Como comunicar o valor agregado de forma clara na vitrine do iFood?

No ambiente digital, o desafio é fazer o cliente perceber rapidamente os benefícios. O espaço na vitrine do iFood é pequeno, mas pode ser bem aproveitado com algumas estratégias.

Use frases curtas e objetivas para destacar os diferenciais. Termos como “Ingredientes frescos”, “Entrega rápida”, “Embalagem sustentável” ou “Prato mais pedido da semana” são bons exemplos.

Além disso, fotos de qualidade e descrições detalhadas fazem diferença. Evite textos genéricos. O cliente precisa entender de imediato o que torna aquele produto especial.

Outra dica é utilizar os campos de observações para criar um contato mais próximo. Uma mensagem simples como “Preparamos tudo com muito carinho, esperamos que você goste!” pode humanizar a experiência e reforçar a percepção de valor.

Por fim, mantenha consistência. O que você promete na vitrine precisa ser entregue na experiência real. Caso contrário, o efeito será o oposto: frustração em vez de encantamento.

O valor agregado de uma marca vai além do valor percebido pelo cliente. Mais do que preço, ele envolve todos os elementos que fazem parte da jornada de compra. Por isso, há muita oportunidade para você trabalhar com ações que o aumentem, como usando as dicas deste post.

Gostou do post e quer saber mais sobre chegar ao coração do consumidor? Veja as dicas que separamos para você encantar seus clientes!

Foto de Por João Barcelos

Por João Barcelos

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