A data de 8 de março é marcada, em diversos países, como o Dia Internacional da Mulher. Além de ser um momento de homenagem, de celebração e de luta, também é aqui para nós um momento especial para falarmos sobre a importância de incentivar e fortalecer o crescimento de empreendedoras no país.
Sabemos que o empreendedorismo feminino contribui para a diminuição da desigualdade de gênero. No entanto, indo muito mais além, a realidade mostra que a iniciativa de uma mulher em criar seu próprio negócio também impulsiona todo o desenvolvimento ao seu redor: empregos são gerados, filhos entram na faculdade, a renda da família aumenta e uma corrente do bem nasce.
O Sebrae confirma essa perspectiva, indicando que 60% das empreendedoras dão preferência à contratação de mulheres, pois, de modo geral, elas investem mais na educação de seus filhos, no apoio à comunidade e no cuidado com os familiares.
Por isso, a celebração desta data não está só na luta contra a desigualdade de gênero, mas também na promoção do progresso econômico e social em nossas comunidades.
História do Dia Internacional da Mulher
Em 26 de janeiro de 1909, foi feito o primeiro protesto em busca de mais igualdade de direitos. A manifestação aconteceu em Nova York, onde aproximadamente 15 mil mulheres se reuniram pedindo melhores condições trabalhistas.
Já em outubro de 1910, houve a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas na cidade de Copenhague, na Dinamarca. Clara Zetkin, uma socialista alemã, sugeriu uma agenda anual de ações em busca de mais direitos às mulheres.
A partir de fevereiro de 1911, anualmente, as manifestações reprovando as condições precárias de trabalho aconteciam. Mas foi no dia 8 de março de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, que um grupo de mulheres se mobilizou para protestar contra a fome.
Quando é o Dia da Mulher?
O dia 8 de março foi determinado como uma data dedicada à celebração da força feminina e à luta pela igualdade de gênero. Ele foi oficializado em 1977 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A partir de então, mundialmente, a data de 08 de março foi oficializada como o Dia Internacional da Mulher.
Lutas e conquistas femininas
Durante os anos, as mulheres conquistaram muitos espaços. Desde o direito ao estudo ao voto, elas lutaram para conseguirem equiparação — dentro dos conceitos legais — ao dos homens.
Infelizmente, não podemos dizer que essa equiparação foi conquistada, há muitos cenários de desafios, mas há conquistas que precisam ser celebradas e lembradas para inspirar novas lutas.
Ainda tem muitas conquistas pela frente e o Dia da Mulher é uma forma de relembrar essa história de luta e celebrar todas as mulheres.
Igualdade de gênero
A igualdade de gênero é uma das principais pautas levantadas no dia internacional da mulher. Apesar de abrangente, o tópico busca combater desigualdades que interferem nos direitos e no bem-estar da mulher.
No Brasil, foi constatado que mulheres recebem um salário menor que homens, mesmo estando em uma mesma função. Em 2021 foi aprovado o projeto de Lei 130/2011 no Senado Federal, que estabelece multa ao empregador que pratica salários diferentes entre homens e mulheres que exercem a mesma função.
A mulher no mercado de trabalho
No Brasil, foi só em 1943 que as mulheres tiveram os direitos trabalhistas concedidos. Antes disso, o Código Civil determinava que elas só podiam sair para trabalhar com a autorização de seus maridos.
Com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CL), as mulheres passaram a ter proteção para obter a licença-maternidade, intervalo de amamentação e estabilidade no retorno à licença.
Uma pesquisa do IBGE de 2021 apontou que 19,4% das mulheres com 25 anos ou mais têm ensino superior, contra 15,1% dos homens na mesma idade.
Uma pesquisa da Harvard Business Review (HBR) também destacou que mulheres têm habilidades fundamentais para cargos de liderança, como capacidade de motivar e inspirar pessoas; comunicação efetiva; construção de relacionamentos sólidos e trabalho em equipe.
Liderança e empreendedorismo feminino
As mulheres têm se destacado como empreendedoras. Um estudo do IBGE apontou que as mulheres recebem, em média, 22,3% a menos que o salário dos homens. Tornar-se empreendedora é um mecanismo de driblar a desigualdade financeira de alguns setores.
No Brasil, já são mais de 30 milhões de mulheres que têm sua própria empresa. Além disso, outro estudo, realizado pelo Sebrae em conjunto com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), indicou que 17,9% das mulheres empreendedoras atuam em atividades do ramo alimentício.
O preconceito estrutural é um dos desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras. Em muitos cenários, elas precisam se responsabilizar sozinhas por equilibrar a vida de empreendedora com a maternidade.
Por isso, o dia da mulher deve servir como um lembrete para reconhecermos o potencial da mulher empreendedora.
As mulheres são as protagonistas desta data
Em homenagem a essas mulheres, o iFood lançou a campanha “Mulheres Que Transformam”, visando ampliar a visibilidade de líderes e empreendedoras que inspiram.
Nos vídeos da campanha, destacam-se empresárias que gerenciam seus empreendimentos através do iFood, como Jucimara e Maria Josenilda. Elas compartilham suas experiências desde o início de suas atividades empresariais e descrevem como sua liderança trouxe benefícios tanto para suas vidas quanto para as de seus colaboradores e comunidade.
Por exemplo, Jucimara relata que um dos aspectos mais gratificantes de sua trajetória foi incentivar outras pessoas a empreender. “Eu mostrei a elas que também podiam realizar seus sonhos”, diz a criadora do Coma Sem Culpa – Caldos e Sopas, em Brasília.
Maria Josenilda, por sua vez, fala sobre o significado de ser a primeira mulher em sua família a obter um diploma universitário e a liderar um negócio. “Na sociedade em que a gente vive, o homem é considerado chef de cozinha e a mulher é cozinheira. Cursei Gastronomia porque sei que eu também posso ser chef de cozinha”, disse.
O Dia da Mulher é uma data que nos lembra de celebrar a luta e as conquistas obtidas pelas mulheres e homenagear todas as líderes e empreendedoras que transformam e inspiram. A data deve ser lembrada, a cada ano, como exemplo de força, empoderamento e respeito.
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