Quando se fala em qualidade de vida, é difícil não pensar nos hábitos alimentares. Com as pessoas cada vez mais preocupadas com a saúde e bem-estar, o mercado de alimentação saudável vem ganhando destaque.
Ao longo dos últimos anos, o setor cresceu em 98%. Essa ascensão impressionante traz grandes oportunidades de negócios para quem quer se especializar em um nicho ou diversificar seu cardápio para atingir um público maior.
Entenda mais sobre o mercado de alimentação saudável e como você pode empreender nele!
O que é alimentação saudável?
Uma alimentação saudável é aquela que garante o consumo equilibrado e variado dos grupos de nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo, como:
- carboidratos;
- fibras;
- gorduras;
- minerais;
- proteínas;
- vitaminas.
Em geral, quanto mais naturais são os alimentos consumidos, mais benéfica essa alimentação é para a saúde do indivíduo. Além disso, de acordo com a cartilha Dez Passos para uma Alimentação Saudável, do Ministério da Saúde, o consumo deve ser acessível, variado e seguro sanitariamente.
Como está o mercado de alimentação saudável hoje?
A busca por hábitos e produtos que garantem uma maior qualidade de vida tem crescido ultimamente. Isso tem um impacto direto sobre o que o público consome.
De acordo com a pesquisa da Euromonitor Internacional, entre 2015 e 2020, o segmento cresceu em 33% no Brasil, que já ocupa o sétimo lugar na lista mundial do mercado de alimentação saudável. Além disso, o segmento superou R$ 100 bilhões em vendas de produtos naturais em 2020 — e, até 2025, pode crescer em mais de 27%.
A transformação no perfil de consumo da população se tornou uma demanda desafiadora para a indústria de alimentos. Nesse sentido, algo que faz total diferença é a criatividade para elaborar e colocar novos produtos saudáveis no mercado, proporcionando experiências de qualidade com ingredientes que beneficiam corpo e mente.
Quais são as maiores oportunidades nesse mercado?
O mercado de food service está cada vez mais variado, devido ao surgimento de novos segmentos alimentícios, causado pelas demandas crescentes e variadas do público consumidor. Confira, a seguir, as maiores oportunidades do cenário atual.
Alimentação sem glúten
O glúten é uma combinação de proteínas específicas, encontrada na aveia, no centeio, no trigo e no malte. Algumas pessoas têm intolerância ou alergia a ele, enquanto outras buscam evitá-lo por acreditar que ele é nocivo ao organismo.
De qualquer forma, há uma busca notável, atualmente, por alimentos sem glúten. Além disso, as dietas prescritas por endocrinologistas e nutricionistas têm restringido, cada vez mais, o consumo de alimentos com esse composto.
Nesse cenário, já existe um enorme grupo de consumidores de opções gluten-free, ou livres de glúten. Logo, esse nicho apresenta ótimas oportunidades de investimento para atender à alta demanda.
Alimentação vegetariana
Pesquisas apontam que, de 2012 para 2018, houve um crescimento de 75% no número de vegetarianos no Brasil. Embora as regiões metropolitanas concentrem a maior parte desse público, a demanda existe em todo o país.
Existem, ainda, pessoas que, embora não sigam uma dieta totalmente vegetariana, selecionam dias específicos da semana para não consumir carne. É o que propõe a campanha Segunda Sem Carne, por exemplo.
Dentre os motivos do não consumo de carne, há tanto questões voltadas para a preocupação com os animais como aspectos ligados à saúde individual de quem faz essa escolha. Portanto, esse nicho é muito maior do que muitos pensam, devido a uma mudança generalizada de hábitos alimentares — prática chamada de saudabilidade.
Alimentação vegana
O público vegano também cresce de forma notável, como indica uma pesquisa que apontou a preferência de mais de 30% dos brasileiros por opções veganas em estabelecimentos alimentícios. Considerando essa alta demanda e a escassez de negócios que atendam a esse público, essa é uma alternativa interessante para investir.
Alimentação funcional
O universo fitness revolucionou o interesse das pessoas por alimentos mais saudáveis. Combinar uma dieta equilibrada com a prática de atividades físicas potencializa os resultados, tanto em relação à saúde como à estética.
Oferecer incentivos alimentares de qualidade para dar mais sabor aos treinos é um grande atrativo para esse público. Além disso, é possível combinar esse nicho com outros.
O que é necessário para conquistar o público da alimentação saudável?
O primeiro ponto relevante é o cuidado com a qualidade nutricional do que será oferecido. Para atender às expectativas do consumidor, veja quais ações você precisa realizar.
Inclua produtos frescos
Se o seu estabelecimento for um restaurante ou marmitaria, invista na diversificação de opções de salada por meio de produtos orgânicos, cultivados sem agrotóxicos.
Adicione legumes e vegetais e aposte em frutas para as sobremesas. Durante o preparo de pratos, selecione ingredientes de boa qualidade e cuide para que o cozimento não elimine seus nutrientes.
Por fim, desenvolva receitas com partes de alimentos que são consumíveis, mas que, normalmente, são descartadas, como talos, cascas e folhas, deixando sua cozinha sustentável.
Atenda a diferentes públicos
Como existe uma grande variedade de públicos e nichos no food service, é preciso conhecê-los e atender às suas demandas para aumentar as chances de sucesso do seu estabelecimento. Saiba, a seguir, os três principais.
Pessoas que buscam reduzir o peso
O primeiro perfil surgiu de uma condição que atinge uma boa parte da população brasileira. O excesso de peso pode causar problemas de saúde e comprometer a qualidade de vida, principalmente se pessoa tiver comorbidades, como colesterol, diabetes, hipertensão etc.
Por isso, além de um público interessante para atender, trata-se de uma questão de saúde pública. Uma sugestão é montar um cardápio variado de caldos e sopas para pessoas que desejam diminuir o consumo de calorias a fim de perder peso.
Pessoas com restrições alimentares
Esse é um grupo de clientes que era ignorado pelos comércios de alimentos. Hoje, no entanto, essas pessoas fazem parte de um movimento muito mais atuante. É comum a existência de condições que restrinjam o consumo de:
- carboidratos, principalmente açúcares (diabéticos e pessoas que fazem dieta low carb);
- glúten (celíacos e intolerantes);
- gorduras saturadas (hipertensos e obesos);
- lactose (alérgicos e intolerantes).
Vegetarianos e veganos
Vegetarianos não são totalmente restritos em alimentação, pois muitos consomem ovos, leite e mel, por exemplo. Já os veganos excluem do consumo — na alimentação e fora dela — todos os produtos de origem animal.
Para esses públicos, é necessário ofertar fontes alternativas de proteína para produzir pratos balanceados e saborosos. Algumas sugestões são espinafre, couve, brócolis, salsa, ervilha, grão-de-bico, lentilha, cogumelos, proteína de soja e tofu.
Seja qual for o público contemplado, vale muito a pena investir no ramo da alimentação saudável. Afinal, essa é uma tendência crescente, e o mercado convencional, em muitos aspectos, já está um tanto saturado. Então, é válido sair do lugar comum e inovar com ingredientes que apresentam um valor nutricional mais atrativo para o público.
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