Capital próprio: o que é e qual é a diferença do capital de terceiros

Será que é melhor usar capital próprio ou capital de terceiros? Conheça as diferenças entre eles e saiba como escolher!

É comum que os gestores e empresários tenham dúvidas quando se deparam com termos técnicos contábeis, como o capital próprio. Embora a expressão nos pareça autoexplicativa, nem sempre o seu conceito é totalmente compreendido, o que pode causar confusão na rotina financeira dos gestores.

Afonso Nali Melotti, Contador, CRC/ES 019241/O, com MBA em Gestão Empresarial e Bacharel em Direito, ajudará você a não ter mais esse problema. Neste post, ele esclarecerá as principais dúvidas sobre o assunto e mostrará o que o seu negócio ganha ao contar com esses valores.

Continue a leitura e entenda o que é o capital próprio, as vantagens e desvantagens e a diferença em relação ao capital de terceiros.

O que é capital próprio?

Capital próprio é um termo contábil e financeiro usado para se referir ao valor investido pelos sócios ou acionistas de uma empresa no negócio. Ele tem como objetivo refletir a participação dos proprietários no capital social da organização.

“Ele representa os recursos financeiros que pertencem à empresa e não precisam ser reembolsados, exceto em casos de liquidação da pessoa jurídica. Esse capital inclui o valor das quotas do capital social emitidas, lucros retidos e reservas de capital. O capital próprio é essencial para a estrutura financeira da empresa. Afinal, ele fornece uma base sólida para crescimento e estabilidade, além de influenciar a capacidade de a empresa levantar fundos adicionais”, explica Afonso.

Na hora de compor o capital social da sua empresa, vale a pena ficar atento às dicas do Sebrae.

“O capital Social é o valor investido que será colocado a disposição da empresa por cada um dos sócios, seja bens financeiros ou bens materiais. É crucial definir a quantia de cada sócio por percentual registrado em contrato social, quando for o caso. Depois de decidir o percentual, deixar explícito no contrato como cada um dos sócios irá integralizar o capital, ou seja, realizar efetivamente de forma física o seu percentual acordado, prazos, parcelas”.

Por que é importante entender esse capital?

O que o gestor precisa ter em mente é que o capital próprio representa a base financeira do seu negócio. Conhecer esse valor faz com que o empreendedor avalie a solidez financeira da empresa e sua capacidade de resistir a crises.

A manutenção de um capital próprio robusto e compatível com as necessidades da organização indica uma estrutura financeira estável, o que contribui para o aumento da confiança dos investidores. Isso reflete na facilitação do acesso a financiamentos, por exemplo. Afonso enfatiza outro aspecto que merece atenção quando se fala na importância desse capital.

“Possuir recursos financeiros próprios pode afetar diretamente a tomada de decisões estratégicas e a gestão de crescimento da empresa. Compreender o montante disponível e o histórico de lucros reinvestidos ajuda o empreendedor a planejar expansões, novas iniciativas e investimentos com maior precisão”.

Esse nível de compreensão também auxilia na avaliação do desempenho da empresa. Afinal, o retorno sobre o capital próprio é um indicador relevante de lucratividade e eficiência operacional. Nesse sentido, ter um bom controle e entendimento sobre o capital próprio permite que empreendedor tome decisões informadas, promova a saúde financeira da empresa e garanta um crescimento sustentável e equilibrado.

Quais as vantagens e desvantagens do capital próprio?

O capital próprio, assim como o capital de giro, precisa ser visto sob uma ótica estratégica e operacional. A empresa deve compor o seu capital pensando nas necessidades da operação e eventuais imprevistos. Uma das principais vantagens é que ele ajuda a financiar as atividades proporcionando independência financeira.

Ao utilizar capital próprio, o empresário evita compromissos com credores e a necessidade de pagar juros sobre empréstimos, o que reduz o risco financeiro e melhora a flexibilidade para tomar decisões estratégicas”, esclarece o contador.

Além disso, o uso de capital próprio fortalece a estrutura econômica da empresa, o que facilita o acesso a crédito junto ao mercado, por meio de contratos de financiamento, por exemplo. Quando a empresa tem um boa estrutura de capital, ela é vista pelos investidores como uma alternativa sólida e menos arriscada.

Por outro lado, o financiamento da empresa usando capital próprio também tem suas desvantagens. Uma delas é a limitação de recursos disponíveis, já que o montante de capital próprio é restrito ao que os proprietários podem investir.

Isso pode limitar a capacidade de expansão e de aproveitar oportunidades de crescimento. Além disso, ao usar capital próprio, os proprietários podem precisar diluir sua participação na empresa, se novos investimentos forem necessários.

Afinal, quando um novo sócio é adicionado ao negócio, as quotas de participação devem ser divididas com esse novo investidor. Isso reduz o controle e a influência sobre a gestão da empresa.

A alocação de capital próprio pode ser menos eficiente do que a combinação de capital próprio e de terceiros, especialmente se a empresa não conseguir gerar retornos elevados com os recursos disponíveis” destaca Afonso.

Como você pode ver, é necessário considerar as particularidades do negócio, os objetivos a médio e longo prazo e o mercado no qual a empresa está inserida. A compreensão sobre as diferenças entre capital próprio e capital de terceiros também auxilia na tomada de decisões sobre alocação de capital.

Qual é a diferença entre o capital próprio e o capital de terceiros?

A diferença em relação ao capital de terceiros é simples: enquanto o capital próprio é um investimento dos sócios, o de terceiros representa recursos obtidos pela empresa por meio de fontes externas, como empréstimos bancários e financiamentos.

“Assim como o capital próprio, o de terceiros também tem sua importância na expansão de um negócio e nas operações da empresa. Ele permite aos gestores acessarem recursos adicionais além do que é disponibilizado pelos próprios investidores”, ressalta Afonso.

Contudo, além da origem é importante que o gestor tenha em mente que o capital próprio não gera obrigações de pagamento de juros e amortização.

Já o capital de terceiros cria compromissos financeiros, que podem impactar a liquidez e a saúde financeira da empresa, por isso ele demanda uma atenção especial em relação planejamento financeiro do negócio e gestão de obrigações e , inclusive, deve ser bem gerenciado para evitar riscos financeiros.

Ao usar recursos financeiros próprios ou de terceiros, os gestores devem acompanhar os resultados dos investimentos, analisando métricas como o ROI, que ajudam a compreender a evolução financeira e eventuais ações que precisam ser tomadas.

Como você viu, o capital próprio representa os recursos investidos pelos sócios, enquanto o capital de terceiros está atrelado a todos os valores de origem externa que são aplicados nas operações. A gestão financeira da sua empresa demanda atenção, planejamento e suporte de profissionais competentes. Invista em conhecimento, acompanhe os números e, sempre que necessário, promova os ajustes necessários.

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