Você já comeu esfiha? Ou shawarma? Esses são só dois exemplos de pratos da culinária árabe, mas ainda tem muitos outros. O melhor de tudo: são comidas que vendem bem e podem fazer muito sucesso, seja no salão, seja no delivery.
Inclusive, as esfihas estão na lista de itens que mais vendem no iFood. Para os consumidores brasileiros, os diferentes tipos de comida árabe são uma oportunidade de conhecer novas culturas e gastronomias. E esse movimento é muito influenciado pela chegada de imigrantes e refugiados.
Tanto é que, entre os Microempreendedores Individuais (MEIs), 74,2 mil do total são de outras nacionalidades e 4% deles atuam no segmento de alimentação fora do lar. Então, que tal saber mais sobre os pratos árabes e como eles podem ajudar seu negócio? Confira!
O que é a culinária árabe?
A culinária árabe é um tipo de gastronomia com diferentes variedades regionais, envolvendo as comidas consumidas do Marrocos ao Iraque, passando pelo Egito. Com vários tipos de temperos naturais e ingredientes diversos, os pratos são formados pela mistura da alimentação mediterrânea, indiana e do Oriente Médio.
Isso porque a comida árabe foi sendo modificada e desenvolvida ao longo dos anos devido aos processos migratórios. Dessa forma, ela foi influenciada por outros fatores, assim como também impacta a alimentação de países próximos ao Oriente Médio, como a Turquia e o Paquistão.
Origem da comida árabe
A origem da comida árabe vem das tribos semitas e das comunidades de beduínos da antiga Península Arábica, local em que estão situados o Iêmen, a Arábia Saudita e Omã. Os hábitos de consumo desses povos foram passados para outros territórios com a expansão em direção à Ásia, chegando aos persas.
Além disso, os árabes formaram um império que chegou ao norte e ao nordeste da África, além da Ásia Ocidental. Com isso, a culinária árabe recebeu diferentes influências de locais que, atualmente, formam os seguintes países:
- Egito;
- Irã;
- Kuwait;
- Líbano;
- Líbia;
- Marrocos;
- Síria;
- Tunísia;
- Turquia.
Já entre o fim do século 18 e começo do século 19, muitos árabes começaram a migrar para outros países. Assim, chegaram ao Brasil e também influenciaram o consumo dos brasileiros.
O que os árabes gostam de comer?
Os árabes gostam de comer pão sírio e muitas verduras, legumes, grãos, frutas secas e especiarias. Essa culinária não tem uma base fixa e cada refeição conta com diferentes pratos em pequenas porções, a fim de serem compartilhados.
Essa prática é derivada do fato de as refeições serem vistas como rituais na cultura árabe. Portanto, a mesa deve estar sempre cheia e bem decorada, com todos sentados no chão e comendo com as mãos.
É claro que, em um restaurante árabe brasileiro, dificilmente você viverá essa experiência. De toda forma, é interessante conhecer a cultura dos diferentes países que consomem esse tipo de culinária.
O que não pode faltar num jantar árabe?
- Pão sírio.
- Homus.
- Coalhada seca.
- Hortelã.
- Carne moída;
- Grão de bico.
A partir disso, você pode fazer vários pratos da culinária árabe, como o quibe (cru ou assado). Alguns desses ingredientes também são válidos para uma esfiharia, já que você pode criar novas receitas e até aproveitar para fazer um cardápio vegetariano.
Quais são os pratos típicos árabes?
Quibe
O quibe é um bolinho de carne moída com especiarias e pode ser servido assado ou cru. Nesse último caso, há mistura com trigo, azeite de oliva e vários tipos de tempero.
Muhammara
O muhammara é uma pasta de pimentão vermelho com nozes moídas, páprica, cominho, pimenta Aleppo e mais. É consumido como um molho para carnes.
Pão sírio
Também conhecido como pão pita, é o complemento para diversos pratos árabes. Ele serve para pegar a comida, servindo como uma espécie de envelope. É muito usado para comer homus, babaganuche e coalhada.
Falafel
O falafel é um bolinho de grão de bico, em que também há a mistura de alho, azeite, páprica, cominho, coentro e pimenta-caiena. Essa é uma boa opção para um almoço vegano, por exemplo.
Mjadra
O mjadra é um arroz basmati feito com lentilhas. Costuma ser servido na ceia de fim de ano no Oriente Médio por representar prosperidade. É consumido com coalhada ou iogurte.
Babaganuche
O babaganuche é uma pasta de berinjela com tahine (pasta de gergelim), suco de limão, alho, azeite de oliva e sal. Nos restaurantes árabes brasileiros, é oferecido junto com homus e coalhada fresca para fazer um trio de pastas.
Shakshuka
O shakshuka é um prato de ovos cozidos em molho de tomate com azeite, alho, cheiro-verde, cebola, sal e outros temperos. É semelhante aos huevos rancheros da culinária mexicana.
Shawarma
O shawarma é uma espécie de sanduíche árabe, que também pode ser conhecido como churrasco grego. O prato conta com fatias de carne, cortadas de um espeto vertical, temperadas com coalhada e homus, e enroladas em pão sírio. Pode ter salada e batata frita.
Tabule
O tabule é uma salada da culinária árabe que leva triguilho, cebola, ervas, tomate, azeite de oliva e condimentos.
Kebab
O kebab é um espeto de carne assada na brasa, normalmente feito de cordeiro. Pode ser servido no pão ou sozinho.
Qual a principal comida árabe?
Uma das principais comidas árabes é o kebab, mas também tem o homus, o quibe, a esfiha, o shawarma e outras opções.
Quais os principais temperos da culinária árabe?
- Melado de romã: é usado em doces, saladas e pão sírio.
- Mahlab: é um grão usado em doces, arroz, lentilhas e ensopados.
- Zauba: é uma erva do Mediterrâneo usada em molhos e saladas.
- Pimenta síria: é uma mistura de pimenta-da-jamaica, noz-moscada, canela em pó e cravo da índia.
- Zaatar: é uma mistura de manjerona, tomilho, gergelim torrado e orégano.
- Sumagre: é um tempero vermelho em pó feito a partir dos grãos secos da planta de mesmo nome.
- Tahine: é uma pasta de sementes de gergelim moídas e torradas, com acréscimo de óleo vegetal.
Vale a pena vender comida árabe?
Sim, vale a pena vender comida árabe. Essa culinária é capaz de atrair clientes devido aos sabores diferentes, ricos e exóticos. Além disso, contém ingredientes saudáveis, frescos e versáteis, com opções de pratos para vegetarianos, veganos, adeptos da comida halal (alimentos produzidos a partir das leis islâmicas) etc.
Outra vantagem de vender pratos da culinária árabe é serem alternativas ideais para o delivery. Afinal, é fácil preparar grandes quantidades e dispô-las nas embalagens para entrega.
Portanto, essa pode ser uma vantagem competitiva, quando você faz uma boa análise de mercado. Aliás, isso aconteceu em várias cidades brasileiras, como Foz do Iguaçu.
Apesar do município paranaense ter a segunda maior comunidade árabe do Brasil, a maior parte dos clientes dos restaurantes árabes são brasileiros, argentinos e paraguaios. Isso é o que diz o sheik Oussama Zahed, em entrevista ao G1.
Como investir na culinária árabe?
- Faça uma pesquisa de mercado para saber se existe essa demanda na sua cidade ou região.
- Comece um negócio próprio ou abra uma franquia, sempre focando as principais receitas da culinária árabe.
- Busque oferecer valor agregado para se diferenciar no mercado, por exemplo, pela criação de combos.
- Crie um cardápio variado e eficiente, que esteja de acordo com a demanda e a proposta do seu restaurante árabe.
- Divulgue o seu negócio nas redes sociais.
- Cadastre-se no iFood para ter acesso a uma quantidade maior de clientes.
Devido a suas características, a gastronomia árabe pode ser feita a partir de um restaurante totalmente montado ou em lugares mais simples. Você pode, até mesmo, usar uma dark kitchen e trabalhar apenas com o delivery.
De toda forma, essa é uma boa oportunidade para oferecer algo diferente para os seus clientes. Por isso, a culinária árabe é uma tendência em crescimento e pode ser a escolha certa para você!
Então, o que acha de começar a empreender com esse tipo de culinária? Cadastre-se no iFood e tenha acesso a um público potencial enorme para fazer seu restaurante árabe crescer!