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Regime de caixa: entenda o que é e como simplificar as finanças

João BarcelosAutor: João Barcelos
Publicado: 27/10/2025
Atualizado: 28/10/2025

O regime de caixa é uma das formas mais práticas de organizar as finanças de um empreendimento, especialmente para quem precisa lidar com entradas e saídas de dinheiro todos os dias. 

Ele ajuda a registrar apenas o que realmente foi pago ou recebido, facilitando o controle do fluxo de caixa e o cumprimento das obrigações fiscais.

Essa estratégia oferece vantagens para empreendimentos de todos os portes, uma vez que padroniza a cobrança de impostos e evita que o negócio pague tributos sobre pagamentos que nem foram recebidos ainda. 

Contudo, é preciso entender as particularidades e exigências dessa opção.

Continue a leitura para entender o que é regime de caixa na contabilidade e os benefícios de adotá-lo no negócio!

O que é o regime de caixa na contabilidade?

O modelo de regime de caixa é uma estratégia em que as despesas e receitas do empreendimento são contabilizadas apenas no momento em que entram e saem do caixa, e não quando são realizadas as compras, prestações de serviços ou vendas.

Nesse regime, o estabelecimento só é tributado em cima dos valores recebidos, e não quando emite as suas notas fiscais. 

Essa modalidade acompanha o fluxo de caixa do negócio, uma vez que os gestores só contabilizarão o dinheiro no momento em que ele é efetivamente pago pelo cliente.

Micro e pequenas empresas podem adotar esta forma de apuração, assim como empreendimentos que aderem ao Lucro Presumido e ao Simples Nacional.

Como funciona o regime de caixa para as empresas?

Neste modelo, a empresa registra suas receitas e despesas apenas quando o dinheiro entra ou sai efetivamente do caixa. 

Isso significa que as vendas a prazo, por exemplo, só são consideradas na contabilidade à medida que os pagamentos são recebidos. 

O mesmo vale para as contas a pagar, que só são registradas quando são quitadas. 

Essa forma de apuração facilita o acompanhamento real da situação financeira do negócio e evita o pagamento de impostos sobre valores ainda não recebidos, tornando o controle mais transparente e alinhado à rotina dos empreendedores.

Quem pode adotar o regime de caixa no Brasil?

No Brasil, este regime pode ser adotado por micro e pequenas empresas que participam do Simples Nacional ou atuam sob o Lucro Presumido. 

Essa opção é vantajosa para negócios com fluxo de caixa variável, como restaurantes, cafeterias e deliverys, pois os tributos são calculados apenas sobre o que foi efetivamente recebido. 

No entanto, o modelo não é permitido para empresas enquadradas no Lucro Real ou Arbitrado

Antes de optar, é importante avaliar o regime tributário com o apoio de um contador, garantindo que a escolha traga benefícios reais para a gestão financeira.

Quais as diferenças entre regime de caixa e regime de competência?

O modelo de regime de caixa é justamente o oposto do regime de competência. Afinal, no primeiro, as despesas e receitas são registradas no momento do recebimento e do pagamento, semelhante ao que ocorre em uma conta bancária.

Embora ambos sejam métodos para registrar os lançamentos contábeis do negócio, eles se diferem em relação ao momento em que isso é feito. 

O regime de competência recebe esse nome porque o lançamento é realizado exatamente no período de competência da receita ou despesa feita.

Por exemplo, caso um estabelecimento alimentício tenha uma despesa específica no mês de outubro, mas com o pagamento programado apenas para novembro, o registro mostrará o mês de outubro. 

Já na modalidade de caixa, esse processo seria feito apenas em novembro, momento em que o pagamento é efetivamente realizado.

Agora, suponha que um restaurante precisa adquirir R$800,00 em insumos de um fornecedor. Ambas as partes concordam em um pagamento em duas parcelas, para os meses de outubro e novembro.

No modelo de caixa, o restaurante registrará as despesas de R$400,00 em outubro e R$400,00 em novembro, que marcam as datas nas quais os pagamentos serão feitos. 

Os impostos ligados à transação também são pagos nesses mesmos meses.

Já no regime de competência, os R$800,00 são registrados apenas em novembro, data que marca a conclusão do pagamento. Nesse caso, a apuração dos tributos também é feita no mesmo mês.

Por que o regime de caixa é importante para micro e pequenas empresas?

Essa forma de apuração é essencial para micro e pequenas empresas porque ajuda a manter o controle financeiro de forma simples e prática

Ela permite que o empreendedor pague impostos apenas sobre o que realmente entrou no caixa, evitando comprometer o capital de giro com tributos de vendas ainda não recebidas.

Além disso, esse modelo:

  • Melhora o fluxo de caixa, permitindo acompanhar o dinheiro que entra e sai em tempo real.
  • Reduz o risco de inadimplência fiscal, pois os tributos são pagos conforme os recebimentos.
  • Facilita o planejamento financeiro, já que o gestor tem uma visão mais clara das receitas disponíveis.

Como evitar caixa negativo no restaurante

Agora que você entendeu como funciona o regime de caixa para empresas, sua importância e suas diferenças para o regime de competência, vamos falar das vantagens e desvantagens deste modelo de apuração.

Quais as vantagens e desvantagens do regime de caixa?

Conhecer as vantagens e desvantagens do regime de caixa permite ao empreendedor decidir, junto com o profissional especializado, se a adoção dessa forma de apuração é benéfica para o negócio.

Confira os prós e contras.

Vantagens

  • Padronização da tributação: todos os tributos (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) seguem o mesmo critério de apuração, o que simplifica o controle contábil e reduz erros;
  • Facilidade para prestadores de serviços: o fato de o pagamento de tributos ocorrer apenas após o recebimento, há garantia de mais previsibilidade e fluxo de caixa saudável;
  • Benefícios para micro e pequenas empresas: como o imposto é calculado apenas sobre o que foi recebido, o negócio mantém o capital de giro em dia e reduz riscos de endividamento;
  • Melhor controle financeiro diário: por refletir apenas as movimentações reais, este modelo permite acompanhar o desempenho financeiro com mais precisão e tomar decisões rápidas;
  • Apoio na gestão de inadimplência: como a tributação só ocorre após o recebimento, o impacto de clientes inadimplentes é menor, preservando a saúde financeira do negócio;
  • Flexibilidade tributária nas vendas a prazo: os impostos só são pagos conforme o recebimento das parcelas. Isso evita que o negócio desembolse tributos sobre valores que ainda não entraram no caixa.

Desvantagens

  • Maior necessidade de controle manual: mesmo com softwares de gestão, o empreendedor precisa registrar todas as movimentações com atenção para evitar erros ou inconsistências nos relatórios financeiros;
  • Limitações na análise de longo prazo: por registrar apenas o que já foi pago ou recebido, o modelo não mostra a real situação de receitas futuras, o que pode prejudicar decisões estratégicas de investimento ou expansão;
  • Possível incompatibilidade com exigências fiscais: nem todas as empresas podem optar por este regime. Modelos tributados pelo Lucro Real, por exemplo, devem seguir o regime de competência, o que limita a adoção dessa metodologia;
  • Risco de falta de previsibilidade financeira: como os tributos são pagos apenas após o recebimento, é mais difícil prever as obrigações futuras. Em um delivery com grande volume de pedidos parcelados, por exemplo, isso pode dificultar o planejamento de caixa;
  • Pouco impacto para negócios com receitas estáveis: para empresas que recebem valores de forma previsível todos os meses, este regime não gera grandes vantagens, já que o controle financeiro e a apuração de tributos seriam praticamente os mesmos do regime de competência.

Após entender o que é regime de caixa na contabilidade, suas vantagens e desvantagens, a empresa deve entender que a opção é válida para todo o exercício. Eventual mudança deverá aguardar o próximo ano tributário.

E como ocorre sua implementação?

Como implementar o regime de caixa em um negócio?

Para implementar essa forma de apuração, a empresa pode utilizar tecnologias e aplicar um controle mais rígido do fluxo de caixa para otimizar suas operações. 

Mas há mais práticas recomendáveis, veja:

Use ferramentas e software de contabilidade

Uma maneira de reforçar o controle das contas é adotar um sistema de gestão adaptado a comércios alimentícios. 

Muitos gestores utilizam planilhas para registrar as operações, mas ter o auxílio de uma tecnologia apropriada ajuda a evitar erros e falhas nos registros.

Por isso, o ideal é buscar um software de gestão que facilite esse processo e ajude a empresa a evitar práticas nocivas, como o retrabalho. 

Por meio da tecnologia, você integra as suas vendas, controla as despesas e os recebimentos em uma plataforma centralizada.

Controle o fluxo de caixa

O acompanhamento do fluxo de caixa é a operação mais importante para empreendimentos que optam por este regime. 

Por meio desse monitoramento, cada gestor terá um controle efetivo sobre o que foi pago ou recebido, e se há algo para ser quitado ou dinheiro a entrar nos cofres, assim como o registro de impostos.

Uma boa gestão do fluxo de caixa é essencial para que o seu negócio tenha dinheiro suficiente para pagar o salário dos colaboradores e custear as necessidades de estoque. 

Também é importante para que as projeções sejam mais precisas. 

Por isso, acompanhá-lo, juntamente ao gerenciamento de outros indicadores financeiros, como o ticket médio, é muito recomendado.

Adote boas práticas para manter o regime sustentável

Para que esta forma de apuração funcione bem no dia a dia, é essencial adotar uma rotina de controle e conferência das movimentações financeiras. 

Pequenos hábitos podem garantir a saúde do caixa e evitar erros nos registros. Boas práticas incluem:

  • Registrar todas as entradas e saídas diariamente, sem deixar para depois;
  • Revisar o fluxo de caixa semanalmente, ajustando prazos e valores de forma preventiva;
  • Organizar notas fiscais e comprovantes em pastas digitais para facilitar a contabilidade;
  • Conciliar pagamentos e recebimentos com extratos bancários e relatórios do sistema de gestão;
  • Contar com apoio contábil, garantindo que o regime esteja sendo aplicado corretamente e dentro das regras fiscais.

Em que situações o regime de caixa não é adequado?

Embora seja vantajoso para muitos negócios, este regime não é a melhor escolha em todos os casos. 

Empresas com receitas previsíveis ou que precisam de análises financeiras mais detalhadas podem se beneficiar mais do regime de competência.

Veja quando essa modalidade pode não ser indicada:

  • Empresas no Lucro Real, que são obrigadas a adotar o regime de competência por lei;
  • Negócios com receitas lineares, como franquias ou restaurantes com contratos fixos;
  • Empreendimentos com foco em planejamento de longo prazo, que precisam acompanhar receitas e despesas futuras;
  • Negócios que buscam crédito com frequência, já que o regime de caixa oferece menos dados para análise financeira detalhada por bancos e investidores.

Mantenha o controle financeiro e fortaleça seu negócio

Agora você já sabe o que é e como funciona o regime de caixa para empresas, suas vantagens, desvantagens e como implementar em seu negócio.

Esse modelo tributário no qual a empresa só registra lançamentos fiscais no momento em que o dinheiro entra ou sai efetivamente do seu caixa simplifica o gerenciamento financeiro

Mas, para garantir o controle das contas, é importante monitorar constantemente o fluxo e adotar ferramentas tecnológicas, como um sistema de gestão.

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Perguntas Frequentes

João Barcelos

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