Gestão de custos: mais lucro e crescimento para seu negócio

Quer expandir sua empresa? Uma gestão de custos estratégica pode ajudar. Veja como essa atividade ajuda no sucesso do seu negócio.

Quando você pensa em saúde financeira para o seu negócio, o que vem à sua mente? Se lembrou da gestão de custos, saiba que está no caminho certo. Esse é um dos principais pilares do crescimento sustentável do negócio por garantir melhor controle e equilíbrio nos gastos.

Aqui, a ideia é fazer uma redução de custos inteligente, que mantenha o bom funcionamento do negócio e a qualidade ao mesmo tempo que preserva capital para a realização de investimentos.

Atingir esse objetivo, porém, é mais difícil do que parece. Isso porque a gestão financeira é uma das maiores preocupações dos pequenos empresários, conforme mostra uma pesquisa do Itaú Empresas e Instituto Locomotiva. Segundo o levantamento, 18% dizem ter essa dificuldade.

Se esse também é o seu caso, saiba que é possível superar o desafio. Como? Um bom começo é ler este artigo, que traz as principais dicas e informações sobre o gerenciamento de custos. Confira!

O que é gerenciamento de custos?

O gerenciamento de custos é o processo contínuo de análise, otimização e monitoramento de gastos, a fim de ter mais eficiência na alocação do capital. O objetivo é reduzir desperdícios e aumentar a lucratividade. O resultado é o crescimento sustentável e a possibilidade de fazer um planejamento estratégico de expansão.

Na prática, o que acontece é que, ao equilibrar os gastos e garantir um fluxo de caixa positivo, você tem mais capital de giro e honra seus compromissos de curto e longo prazo. Com esse dinheiro disponível, consegue tomar decisões mais acertadas sobre o momento certo de investir.

Assim, em vez de abrir uma franquia ou uma filial e perceber que não terá condições de arcar com o funcionamento, você já considera todos os fatores e se prepara financeiramente. A mesma ideia é válida para a compra de equipamentos, mudança para um local maior ou o início das operações no salão, em vez de focar somente o delivery.

Qualquer que seja o seu caso, o momento de crescer depende de uma análise aprofundada do negócio. Isso é o que define a CEO do Me Poupe!, Nathalia Arcuri. Em entrevista ao site Info Money, ela comentou que o recomendado é verificar se a empresa é saudável.

“Uma empresa saudável financeiramente é aquela que tem controle total sobre suas finanças. Não quer dizer que ela nunca tenha dívidas, mas sim que consegue administrá-las de forma sustentável, pagando suas contas em dia, com receitas previsíveis e consistentes”

Essa afirmação evidencia a importância de uma cultura data driven. Afinal, as decisões acertadas dependem de dados — e isso faz parte do dia a dia de quem gerencia seus custos.

Veja, também, 4 dicas para aumentar o faturamento do seu restaurante, com o Embaixador iFood, João Barcelos:

Para que serve a gestão de custos?

A gestão de custos serve para controlar os gastos, orientar o planejamento estratégico empresarial e dar suporte às tomadas de decisão. Com esses dados em mãos, você identifica se seu negócio tem saúde financeira ou se é preciso ajudar o caminho seguido.

Mais do que isso, existe uma relação direta entre gestão de custos e formação de preços. Ao saber quanto você gasta para viabilizar a sua operação, faz uma precificação inteligente, capaz de levar sua empresa ao sucesso.

Saiba mais sobre como precificar seus produtos no 5° episódio do podcast Fala, Parceiro! Clique no vídeo e conheça as propostas da Head de Expansão Comercial, Gabriela Dalla, e do gerente da Casa da Esfiha, Paulo Oliveira.

Todos esses aspectos interferem nas decisões de investimento. Conforme Nathalia Arcuri, contrair dívidas não é, necessariamente, algo negativo. Na verdade, muitas vezes faz parte do processo de expansão e melhoria das operações.

No entanto, ela ressalta que é preciso pagar todas as dívidas dentro do prazo. É aí que o gerenciamento de custos se faz relevante.

“Ser adimplente faz parte de ter um negócio saudável, porque mostra que a empresa honra seus compromissos, mas o ponto principal aqui é o equilíbrio entre o que entra e o que sai. Além disso, uma empresa saudável tem reserva de emergência para enfrentar imprevistos e cabeça no lugar para investir de forma consciente”

O que faz a gestão de custos?

A gestão de custos faz o monitoramento de todos os gastos de uma empresa. A ideia é comparar esses valores às entradas de caixa para fazer uma gestão de negócio eficiente, que mantenha as despesas sob controle e assegure a possibilidade de realizar investimentos. Assim, as operações se mantêm em funcionamento de forma financeiramente sustentável.

Quais são as atividades de gestão de custos?

  • Identificação e classificação em custo direto, indireto, fixo e variável.
  • Monitoramento de gastos.
  • Comparação dos valores desembolsados com o orçamento elaborado.
  • Análise das variações dos gastos para diagnosticar ineficiências, gargalos e anomalias de correção necessária.
  • Implementação de medidas para aprimorar a gestão de custos e otimizar os resultados do negócio. Por exemplo, a renegociação de contrato com fornecedores e o investimento na automação de processos.

Quais são os 4 tipos de custos?

Os 4 tipos de custos são diretos, indiretos, fixos e variáveis. Eles são os mais citados, mas também é possível citar mais 3 categorias: totais, marginais e de oportunidade. Veja as características de cada um deles:

  1. Custos diretos: têm relação com a atividade principal da empresa. Por exemplo, em um restaurante, seria a compra de insumos;
  2. Custos indiretos: são importantes para o crescimento da empresa, mas não têm relação com a atividade-fim. É o caso dos gastos com marketing para divulgar o cardápio;
  3. Custos fixos: precisam ser pagos todos os meses, mesmo que a empresa fique fechada. Por exemplo, folha de pagamento e aluguel;
  4. Custos variáveis: exigem pagamento somente quando a empresa vende ou produz. Por isso, variam de acordo com o mês. É o caso de comissão e compra de matéria-prima;
  5. Custos totais: consiste no total de dinheiro necessário para a fabricação de um produto ou a prestação de um serviço;
  6. Custos marginais: é o total de gastos derivados do aumento da capacidade de produção;
  7. Custos de oportunidade: dependem de uma abertura existente no mercado, como a possibilidade de lançar um produto com muita demanda.

Nesse sentido, o ideal é manter os custos fixos no nível mais baixo possível. Assim, se a empresa tiver uma queda no faturamento, ainda terá como arcar com os pagamentos.

Outro ponto favorável de seguir essa recomendação é ter mais tranquilidade para solicitar crédito. Se você pretende melhorar as operações ou expandir utilizando esse capital de terceiros, fazer uma gestão estratégica de custos é indispensável. Isso porque você terá acesso aos dados e vai analisar os números da forma certa, diz a CEO do MePoupe!

“A hora de contrair crédito é quando você tem uma estratégia clara e precisa de recursos para expandir o negócio ou melhorar sua operação — e isso precisa estar muito bem calculado. A pior coisa que o empreendedor pode fazer é pegar crédito por impulso ou só para ‘tapar buracos’. Ter um objetivo específico é essencial, porque o crédito precisa ser uma ferramenta que vai gerar um retorno maior do que o custo dele”

Quais são os 3 principais assuntos na gestão de custos de uma empresa?

Os 3 principais assuntos na gestão de custos de uma empresa são:

  • Análise de custo-volume-lucro: permite conhecer a relação entre os gastos, as vendas e os ganhos;
  • Orçamento de custos: ajuda a planejar e controlar as finanças;
  • Tomada de decisão baseada em custos: os gastos são considerados para definir os planos a serem seguidos.

Um exemplo bem claro desses assuntos é a necessidade de contrair crédito no momento certo. Para saber a resposta, a empresa precisa analisar sua realidade financeira e, então, verificar se o pagamento do empréstimo cabe junto com as despesas operacionais, ressalta Nathalia Arcuri.

“Não existe uma regra relacionada ao percentual máximo que uma dívida deve ocupar do orçamento de uma empresa. O que deve ser levado em consideração é a sua margem de lucro, e isso varia de empresa para empresa. É possível que as dívidas totais de uma empresa, somadas, ocupem 10% das despesas e ainda assim a margem esteja negativa. Ou seja: o empreendedor está gastando mais do que recebe. Da mesma maneira, é possível que uma empresa cujas dívidas somadas ocupem 20% das despesas tenha uma margem positiva”

Como planejar a gestão de custos?

  1. Defina objetivos e metas financeiras para a sua empresa.
  2. Deixe suas finanças pessoais separadas das empresariais.
  3. Conheça seus custos fixos e variáveis.
  4. Faça um orçamento preciso, detalhado e realista, definindo limites de gastos.
  5. Adote as boas práticas de controle de custos.
  6. Crie uma cultura de economia na empresa.
  7. Elabore uma política de gastos.
  8. Acompanhe o fluxo de caixa.
  9. Negocie com os fornecedores para obter preços competitivos, condições de pagamento melhores ou descontos para reduzir os custos.
  10. Treine os colaboradores para eles terem alta produtividade e eficiência. Essa é uma prática da gestão de custos devido à redução de retrabalhos e erros.
  11. Monitore os resultados por meio de indicadores financeiros.
  12. Revise o seu planejamento de custos com frequência para fazer ajustes e alinhar aos seus objetivos e ao mercado.
  13. Automatize os processos para evitar erros e atingir mais eficiência operacional.

Quais são as ferramentas da gestão de custos?

  • Análise ABC: permite identificar os custos de cada atividade, alocando os gastos de forma eficiente e focando ações estratégicas.
  • Curva de aprendizado: analisa os custos de produção para verificar se eles diminuem com o tempo. A expectativa é que isso aconteça devido à experiência e eficiência.
  • Análise de valor: identifica o valor agregado nos custos, a fim de eliminar os gastos desnecessários. Assim, os desperdícios são reduzidos.
  • Orçamento base zero: busca fazer um orçamento sem levar em conta os anteriores. O propósito é fazer uma análise crítica para ter uma alocação mais eficiente.
  • Análise de custo-benefício: foca a avaliação de custos e vantagens para conseguir o melhor resultado possível pelo menor gasto. Além disso, ajuda a identificar o que traz retorno positivo.

As ferramentas da gestão de custos são variadas e dependem do objetivo que você pretende atingir. Fazer a escolha adequada é essencial para as tomadas de decisão acertadas.

Nesse sentido, comece entendendo as necessidades do seu negócio, os desafios financeiros existentes e os objetivos que se pretende atingir. Então, analise a cultura organizacional para saber se a ferramenta escolhida está alinhada a esse aspecto.

O próximo passo é considerar o porte da empresa e sua complexidade. Por exemplo, os pequenos negócios costumam ter melhores resultados com a análise de custo-benefício. Outra opção é a curva de aprendizado.

Ainda verifique a disponibilidade de recursos e pesquisar as abordagens adotadas por empresas semelhantes. Tudo isso ajudará a escolher a melhor ferramenta para o gerenciamento de custos do seu negócio.

Como fazer uma gestão de custos eficiente?

  1. Analise os itens disponíveis no estoque para saber quanto de capital de giro está parado.
  2. Faça o controle de estoque para evitar perdas e evitar rupturas.
  3. Compare os preços e as condições dos fornecedores para escolher aquele com melhor custo-benefício.
  4. Defina metas de redução de custos.
  5. Elabore um bom planejamento financeiro, considerando todos os possíveis gastos.
  6. Use um sistema de gestão para controlar todos os dados e ter acesso facilitado aos números.

Qual a importância da gestão estratégica de custos?

A importância da gestão estratégica de custos é ter uma visão completa sobre as finanças empresariais e adotar as medidas necessárias para controlar os gastos. Dessa forma, você acompanha os resultados alcançados e assegura o cumprimento do orçamento.

Ao adotar essa medida, vários benefícios são conquistados. Veja quais são os principais:

  • A saúde financeira da empresa aumenta;
  • A lucratividade melhora;
  • Os objetivos estratégicos são alcançados;
  • O controle financeiro é mais eficiente;
  • Você tem mais previsibilidade nos gastos;
  • A margem de lucro se torna maior;
  • As decisões estratégicas são embasadas;
  • A vantagem competitiva da sua empresa aumenta;
  • Sua capacidade de expansão melhora;
  • Fica mais fácil fazer reinvestimentos;
  • Você consegue efetivar uma boa prevenção de perdas no estoque.

Quais são as consequências da má gestão de custos?

  • A margem de lucro é reduzida.
  • Há mais instabilidade e insustentabilidade financeira.
  • A imagem e a reputação da empresa pioram.
  • Você perde seu poder competitivo.
  • O clima organizacional é prejudicado.
  • As tomadas de decisão são impactadas, gerando mais riscos.
  • Você pode ter problemas judiciais.

Como uma boa gestão de custos ajuda no crescimento do seu negócio?

Uma boa gestão de custos ajuda no crescimento do seu negócio por controlar os gastos, facilitar o planejamento das ações e obter detalhes sobre a rentabilidade e o desempenho da empresa. Dessa forma, você faz uma análise mais embasada e toma decisões de crédito mais conscientes, porque considera os números na sua avaliação.

Portanto, é fundamental entender que o gerenciamento de custos é importante para o sucesso da sua empresa. Ao adotar as boas práticas, você tem a chance de expandir de forma consciente, utilizando recursos próprios ou de terceiros sem se endividar muito.

Essa medida é, especialmente, importante em um país com 6,9 milhões de empresas endividadas, dado de junho de 2024 da Serasa Experian. Dessa forma, você garante o pagamento dos valores em dia e melhora a saúde financeira da sua empresa.

Todos esses fatores fazem a gestão de custos ser uma atividade indispensável nos negócios. Por isso, se você ainda não adota essas boas práticas, está na hora de rever o seu comportamento e considerar os pontos positivos apresentados neste post.

E você, quer saber mais sobre como crescer de forma sustentável? Confira 7 passos para um planejamento estratégico de expansão.

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Por Pedro Camargo

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